Está mais evidente, a cada dia que passa, que existem muitas situações a serem investigadas no Porto de Santos, administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Há um material farto para análise se assim o quiser a Polícia Federal que, aliás, já mostra a ponta desse “iceberg” com a Operação Porto Seguro. Mas é necessário que se avance. Sugerimos à PF, portanto, analisar com olhos de lupa as licitações realizadas pela Codesp.
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É o caso do edital de nº 15/2011, revogado em 09/08/2012, e reeditado com o Aviso de Licitação nº 09/2012, em 7/08/2012, onde para comprovar conhecimento técnico as empresas devem apresentar 20 atestados, sendo que apenas dois se referem a trabalhos semelhantes. Os outros 18 lembram música de Sérgio Porto, "laiá, laiá, laiá, o bode que deu vou te contar". A licitação é para prestação de serviços de execução do Plano de Monitoramento das Atividades de Dragagem na Área de Disposição Oceânica de Material Dragado do porto santista e suas regiões adjacentes, pelo prazo de 12 meses.
Há, ainda, as concorrências de números 02 e 05 de 2012, que permancem sem decisões das comissões julgadoras respectivas.
Conforme observado na Gazeta deste Portogente em 27 de dezembro, “tem carne embaixo do angu” no processo licitatório de obras de melhoria e reforço de cais santista, que se arrasta de forma inexplicável à luz da transparência. Por isso, causa estranheza a displicência com que esses fatos vêm sendo tratados pelo Governo Federal. Será que querem “fingir” a indisfarçável conexão entre a Codesp e as descobertas da operação da PF?