R$ 60 milhões, esse é o total de recursos que a Rumo Logística informa estar investindo na construção de cobertura do seu terminal de açúcar, no Porto de Santos, litoral paulista. Definida pela própria empresa como o maior projeto de engenharia em curso no País, é informado que a obra terá 138 metros de comprimento, 76 metros de altura e estrutura capaz de suportar ventos com mais de 160 quilômetros por hora.
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Nenhuma referência, no entanto, se a construção terá sistema eficiente de despoeiramento e filtragem dos particulados da commoditie. Fica a certeza de que a empresa quer resolver apenas o seu problema econômico. Ou seja, não parar o embarque da carga durante quase 120 dias ao ano por causa das chuvas, como acontece atualmente.
A comprovação se dá, inclusive, no vídeo institucional onde a obra é apresentada, assim como outras. Se existe um processo tão bom de filtragem por que a Rumo não divulga isso nesse material?
Evitar o impacto ambiental, principalmente na vida dos humanos, não é uma coisa menor. É primordial dada à grande movimentação do terminal de açúcar. São mais de 11 milhões de toneladas por ano! E tudo isso joga material particulado na atmosfera, causando riscos à saúde.
Cabe, portanto, uma intervenção incisiva de órgãos ambientais do Estado na questão, como a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). A sociedade é merecedora dessa informação e explicação.
Vale lembra, ainda, que a Rumo Logística diz que concilia “desenvolvimento econômico com sustentabilidade”. Então é fácil a ela apresentar o que a sociedade reivindica.