E o que muitos ambientalistas, empresários e advogados esperavam finalmente acabou acontecendo. Após quase um ano de disputas, trocas de farpas, acusações e interpretações dúbias, o impasse sobre o licenciamento ambiental do Porto Brasil, a ser construído em Peruíbe (SP) ao custo de R$ 4 bilhões, será decidido no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
A sociedade encontra-se no século XXI, mas diversas categorias de trabalhadores ainda não conseguem se organizar de forma minimamente moderna e decente. Intimidadas pelo poder empresarial e desarmadas pela falta de unidade, categorias portuárias – especialmente nos portos de menor capacidade de operação – não conseguem ditar o rumo de suas funções.
O Complexo Industrial e Portuário do Pecém é um dos mais promissores pólos portuários do País. Administrado pela CearáPortos, empresa ligada ao governo estadual cearense, tem sido alvo de inúmeros investidores dos mais diversos ramos industriais. A última parceria firmada, com uma fábrica de tubulações de aço, irá gerar mais de cem empregos diretos, além de outros dividendos para o complexo nordestno.
A avaliação das lideranças sindicais dos portuários é a mais positiva possível. Para elas, a greve desta quarta-feira (16) foi um sucesso, mesmo sem contar com a participação dos trabalhadores do Porto de Santos.
O transporte de carga e de passageiros no Brasil encontra-se em um momento primordial que irá definir como ficará a mobilidade da população em um futuro próximo. A falta de planejamento do setor fez com que o País concentrasse mais de 60% de suas cargas nas rodovias e que as pessoas optassem pelo transporte individual, em detrimento aos combalidos meios coletivos. Nesse cenário, os portos são extremamente afetados.