O governador convocou e a população atendeu. Milhares de pessoas, vindas de vários lugares do estado, participaram nesta quarta-feira (17/3), debaixo de muita chuva, do ato em defesa do Rio de Janeiro. Até mesmo o papa Bento XVI, representado pelo seu sósia carioca, o livreiro Alberto Travesedo, veio dar uma força na luta pelos royalties.
- Isso está sendo uma discrepância dos deputados, que votaram contra o Rio. Eles querem afundar o nosso Rio. Isso não pode acontecer, temos que reagir. Eu, como católico, venho prestigiar a passeata do Cabral – disse o “papa”.
O aposentado Carlos Alberto Leite observava a concentração da passeata com atenção e falou sobre sua participação:
- Sou cidadão carioca e tenho obrigação de defender o Rio de Janeiro. Todas as prefeituras perdem se essa emenda passar – afirmou.
Assim como o aposentado, o funcionário da Uerj Luiz Carlos Moraes de Lima engrossava o coro em defesa do Estado. Segurando um cartaz, ele disse que todos os trabalhadores deveriam se engajar na causa.
- Estou aqui em defesa do Rio. Esse ato é importante para todos os trabalhadores brasileiros. Se cortarem os royalties, nosso salário vai ficar prejudicado, por isso estamos aqui protestando – detalhou.
Mesmo quem não nasceu no Rio ajudava a formar o coro. Entre eles, o paraibano Alex Araújo, presidente da Feira de São Cristóvão, que diz ter sangue carioca:
- Toda a feira foi mobilizada. Aproveitamos sexta, sábado e domingo para convocar todos os frequentadores, cerca de 50 mil, para fortalecer o que é nosso. Os royalties são nossos. Eu sou nordestino, mas tenho sangue carioca.
Representantes de prefeituras do interior do estado também se organizaram para protestar. A prefeitura de Macaé trouxe 50 ônibus, com cerca de 2,5 mil manifestantes. Um dos coordenadores do grupo, Gime Lessa, lembrou que Macaé será um dos municípios mais prejudicados.
- A população está revoltada com o que aconteceu. Hoje conseguimos manter uma fundação de esportes, de saúde, ou seja, vários projetos de ação social e governamental. Teremos redução indireta de 60% do orçamento – detalhou.
O subsecretário de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Campos, André Rodrigues, acrescentou que, além de ser uma injustiça, a medida fere a constituição.
- Isso vai trazer um prejuízo grande não só porque vamos perder verba, mas também porque vai causar desemprego. Além disso, muitos projetos que já estão em andamento ficarão parados. Campos perde uma média de 75% do que recebe – explicou.
Fonte: Texto e fotos da Assessoria da Comunicação do Governo do Rio de Janeiro