Os estudos que o Ipea está lançado durante esses dias tentam fazer uma radiografia apurada dos setores de infraestrutura do País. Os portos, segundo o instituto, estão ruins em eficiência, e as ferrovias não ficam atrás. Os dois setores estão ruins de forma igual.
O pesquisador do Instituto, Carlos Campos, avalia o setor ferroviário:
“O setor ferroviário brasileiro, na verdade, desde a década de 1950, quando o Brasil passou por um processo de urbanização e industrialização e optou pelo sistema rodoviário, ficou abandonado para um segundo plano. Teve muito pouco investimento nesses últimos 50 anos”.
Em 1997, prossegue, todo o sistema ferroviário brasileiro foi entregue para o setor privado. “O setor privado realizou bastante investimento para recuperar uma malha que estava absolutamente degradada, investiu em locomotivas, em vagões. Agora, não houve expansão”.
E identifica a situação:
“O Brasil tem apenas 28 mil quilômetros de ferrovias, dos quais dez mil quilômetros estão operacionais. O resto, os 18 mil, está subutilizado. O que a gente identifica é a necessidade de uma expansão da malha ferroviária o que se vier acontecer virá com base em recursos públicos”. O Brasil, analisa, precisa, ainda, de 15 mil quilômetros de malha ferroviária.