O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Programa de Mobilização da Industria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), e demais órgãos envolvidos com a atividade offshore estão desenvolvendo estudos para determinar a quantidade de equipamentos necessários para atender à demanda do Plano de Negócios 2009-2013 da Petrobras. Parte desses dados já está disponível no Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Prominp. Os levantamentos restantes deverão dar subsídio para o BNDES calcular a quantidade de recursos que colocará no mercado para aumentar a capacidade fabril ligada à indústria naval.
O trabalho de composição de demanda da Petrobras aponta que até 2013 a estatal irá necessitar de 834 mil válvulas, 18.300 bombas e 3.200 compressores, entre outros equipamentos imprescindíveis para a exploração de petróleo e gás. Todos eles são fundamentais para o conjunto de projetos da empresa brasileira, que incluem a construção de plataformas, dutos e refinarias.
Cientes de que a indústria instalada no Brasil não dará conta do que virá pela frente, os órgãos envolvidos buscam injetar um estímulo em toda a cadeia de fornecedores. Embora tente colocar o maior percentual possível de conteúdo nacional nos projetos da Petrobras, o presidente José Sérgio Gabrielli já reclamou mais de uma vez que as peças produzidas no País são muito mais caras do que as que a estatal importa.
Todos esses fornecedores terão que ser puxados por uma “locomotiva” industrial conduzida de modo eficaz pelo Governo Federal, sob pena de continuarmos a ver peças e equipamentos importados em quantidade abundante nos grandes empreendimentos necessários para a cadeia do petróleo nacional.
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