Os ventos da Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal, vêm varrendo ampla rede governamental e atingindo corruptos e corruptores, envolvidos em diversos projetos ligados ao Porto de Santos. Entretanto, até agora não se ouviu falar do envolvimento da diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto no qual estão os terminais objetos das operações criminosas.
A repórter de política do Estadão, Julia Duailibi, informa que o Ministério dos Transportes enviou ofício nesta terça-feira (27) à Companhia Docas de São Paulo (Codesp) pedindo a destituição de Paulo Rodrigues Vieira do Conselho de Administração (Consad) da entidade. Para isso, seria necessária a convocação de uma assembleia extraordinária do Consad.
A Autoridade Portuária do Porto de Roterdã, na Holanda, pressiona o governo local para que negocie investimentos maciços em infraestrutura no interior da Europa. O objetivo é ampliar as conexões fluviais e ferroviárias e manter o papel de Roterdã como hub logístico do Velho Continente. Em carta aberta à cúpula governamental holandesa, o presidente da Autoridade Portuária, Wim van Sluis, pediu insistência na modernização do orçamento da União Europeia, que decide até o final do mês as verbas que serão aplicadas de 2014 a 2020.
Após o anúncio de concessões de rodovias, ferrovias e aeroportos, as expectativas se voltam para o "pacote portuário” no Brasil. Ainda não totalmente embrulhado, consta que, além de investimentos, deve conter mudanças no modelo balizado pela vintenária “Lei dos Portos”, diz Frederico Bussinger, colunista do Portogente.
É fato que o Brasil carece de mão de obra qualificada em vários setores produtivos e de prestação de serviços. No entanto, isso tem sido explorado de forma oportunista para algumas associações de classe. Representantes de grandes empresas reclamam que faltam jovens disponíveis no mercado, mas a razão pode não estar na falta de profissionais treinados e interessados. A maior parte das vagas não ocupadas oferecem salários irrisórios e privam os contratados dos direitos básicos.