Mesmo em circunstância em que o superior possa desconhecer as maracutaias do seu imediato, convém ele renunciar, uma atitude clássica da arte do poder. Se não sabia, deveria saber e se responsabilizar por quem escolheu a “dedos” e com algumas mãos.
Foto: PDT
Manoel Dias (à direita) e o antecessor Carlos Lupi: quem manda no Ministério do Trabalho?
Organizações Não Governamentais (Ongs) e da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) sérias encontram dificuldades, e não poucas, para conseguirem apoios do ministério. Não conseguem recursos para seu custeio, em valores bem inferiores aos R$ 9,6 milhões conveniados com a ADRVale, estruturada por PDTistas. Essa chama que reacendeu no MTE é suficiente para queimar em definitivo a permanência de Manoel Dias à frente da pasta e fazê-lo sentar em outras cadeiras, como a dos réus.
Esse perfil de ministro é incompatível com uma pasta que tem um orçamento de R$ 63 bilhões. Além do que, fica impossível sua permanência no ministério diante das ameaças que faz aos adversários políticos da Presidência, colocando-se como elemento útil, e mais grave ainda, quando ameaça a presidenta Dilma, que se o mandar embora, ele vai tomar providências impublicáveis.
Não convém ao Brasil essa imagem de coisa podre embaixo do tapete. Exonerar o ministro Manoel Dias é um ato inadiável.