Charge captada em redes sociais
Por isso, para ele, não tem sentido leiloarmos toda essa riqueza para empresas estrangeiras, em vez de deixar a Petrobras produzir o que já encontrou e, gradativamente, ir desenvolvendo os demais campos. E aponta um caminho para o país:
“O que nós precisamos, hoje, é construir refinarias para exportar petróleo com valor agregado, derivados de petróleo e não petróleo bruto - porque, logo de saída, a União perde 30% em impostos (Cide, PIS-Cofins, ICMS). Então, não tem sentido algum exportarmos petróleo bruto – e, muito menos, entregarmos o pré-sal para empresas estrangeiras.”
Segundo ele, os países desenvolvidos, irresponsavelmente, se tornaram reféns desse produto e, a partir dos anos 1980, o consumo passou a superar as descobertas. “Hoje temos esta alarmante proporção: para cada barril que se descobre, quatro são consumidos. Para mostrar essa irresponsabilidade: nós temos hoje uma matriz energética mundial que tem 87% em combustíveis fósseis, não renováveis, petróleo, gás e carvão.”
Olho estadunidense
Siqueira explica que mais de 60% das reservas mundiais estão no Oriente Médio e os EUA têm uma reserva, hoje, de 30 bilhões de barris, mas consomem 10 bilhões por ano. “Portanto, estão numa situação de insegurança energética brutal, assim como toda a Europa, assim como a Ásia, regiões onde estão os países mais desenvolvidos”, argumenta.
Então, relaciona ele, quando aparece o pré-sal, se reativa a quarta frota americana para "proteger o Brasil", no governo de George Bush, para pressionar o governo e as instituições brasileiras a entregarem essa riqueza para os americanos.