A questão da segurança no trabalho no Porto de Santos deu uma “sumida” no cais santista. Como está o trabalho da comissão formada especialmente para isso? Os primeiros procedimentos definidos, aliás básicos e que já deveriam existir desde sempre, como banheiros e vestiários, promover cursos de qualificação e treinamento adequado, fornecimento de EPI´s, adequação dos equipamentos de proteção individual para os serviços portuários, já estão em andamento?
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, está com o discurso de qualificação profissional na ponta da língua. Em recente passagem em Santos, para o lançamento da segunda fase do Consórcio Porto da Juventude, na segunda-feira (30), Lupi repetiu o discurso, mas desta vez adequando ao local. A qualificação do trabalhador portuário se transformou em item fundamental para uma “sociedade moderna e um porto organizado”, nas palavras do próprio. O que concordamos, é claro. Afinal, qualificação profissional deve significar melhores empregos, melhor remuneração, respeito e segurança no trabalho. O pacote deve vir completo, afinal não adianta qualificação sem emprego.
Acredite se quiser: neste sábado, aconteceu a sexta morte de um trabalhador portuário no Porto de Santos em 2007. Trata-se de Wilson Rodrigues dos Santos, de 38 anos, estivador que estava a bordo do navio Yu Gu He, de bandeira panamenha. Por volta das 16h30, ele foi esmagado por um contêiner e engrossou a lista de tragédias no cais santista. A penúltima delas tinha acontecido em 1º de junho, quando Rubens da Silva Ruas sofreu um acidente no Terminal Marítimo de Guarujá (Termag).
Mais um desentendimento, mais uma greve. E mais prejuízos para as operações portuárias, em especial para o fluxo de cargas do Porto de Santos. O maior complexo portuário da América Latina deve sofrer com a greve dos fiscais agropecuários, iniciada ontem (segunda-feira).A entrada e a saída de mercadorias perecíveis, de acordo com previsão da Agência Brasil, devem ser afetadas. Os fiscais vinculados ao Minstério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento exigem a retomada da reestruturação do Plano de Carreiras e a implantação de uma escola para treinamento e capacitação, tratativas paralisadas desde 2005.A categoria deseja, ainda, uma revisão do salário básico e das gratificações, além do reforço na quantidade de funcionários que atuam no Porto e nos aeroportos do estado. Com tantos empecilhos à vista, impressiona a vulnerabilidade e a falta de planejamento dos sistemas logístico, portuário e aeroportuário do Brasil.
O estado do Amazonas pode ganhar uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) com o intuito de alavancar o desenvolvimento da região. Além da ZPE, o governo local também discute a criação de um porto alfandegado intermodal. Ambos devem ter sede na cidade de Itacoatiara.
A situação está tão ruim, que o parlamentar Nelson Azedo (PMDB) dispara e diz que o comércio regional está horrível, o “nível de desemprego é alto e a população está entregue à própria sorte”. A pretensão é implantar os projetos por meio de parcerias público-privadas. No entanto, como habitual em território brasileiro, as duas obras correm risco por causa de divergências partidárias e serão alvo de audiência pública na próxima segunda-feira, dia 18. As informações são do Jornal do Commercio.