A descentralização das decisões dos portos é um tema que Portogente tem se debruçado com afinco e propriedade. Desde sempre, a defesa é que as decisões devam ficar mais próximas ao “chão portuário”, e não ao contrário. Na mesma batida está o empresário Milton Lourenço, presidente da Fiorde Logística Internacional, exemplificando com o que ele considerou de “tratamento arbitrário” dispensado pela Secretaria de Portos (SEP) à Prefeitura de Santos – cidade do litoral paulista que abriga o Porto de Santos – na questão dos terminais de grãos na Ponta da Praia, bairro local residencial. “Esse é o melhor exemplo de que a centralização em Brasília do poder de decisão sobre os complexos portuários nacionais constitui uma medida equivocada.”
Recentemente, o noticiário nacional mostrou cena de uma senhora sendo atingida por raio durante um banho de mar. Não foi um caso raro. O Brasil é o país de maior incidência de raio do mundo. Atualmente estamos atravessando o período – outubro a março – mais crítico considerado por pesquisadores.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, já debate com empresários um plano nacional de incentivo às exportações que deve ser lançado pelo governo em março próximo. Segundo o ministro, além de preocupações com questões conjunturais, os empresários estão debruçados em “temas que são recorrentes como infraestrutura, tributação, custo de capital”.
A logística brasileira se recente da falta da armazenagem nas propriedades, peça mais importante do sistema porque ela é que regula a demanda. A informação é do presidente do Comitê de Logística da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o engenheiro Renato Casali Pavan, acrescentando que o Brasil tem apenas 15% da produção armazenada na fazenda, quando a necessidade exigiria, no mínimo, 65%.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou, nesta quarta-feira (11/02), a incorporação de ações da América Latina Logística S/A – ALL pela Rumo Logística e Operadora Multimodal S/A. Todavia, as empresas terão de cumprir um conjunto de medidas previsto em um Acordo em Controle de Concentrações (ACC).