Mais da metade (56%) dos executivos do setor de óleo e gás pretendem realizar fusões e aquisições nos próximos 12 meses (60% esperam fechar pelo menos dois negócios), é o que indica o 12ª Oil & Gas Global Capital Confidence Barometer, estudo semestral da Ernst & Young (EY). A pesquisa global revela que apetite por fusões e aquisições no setor se recuperou acentuadamente ao longo dos últimos seis meses, conforme as implicações da queda do preço do petróleo foram digeridas. Praticamente todos os entrevistados (99%) esperam que o mercado de óleo e gás melhore ou permaneça estável ao longo dos próximos 12 meses e 97% expressaram confiança semelhante na economia global.
"Em 2014 as transações atingiram a maior alta em cinco anos, mas o primeiro trimestre de 2015 foi um dos mais silenciosos nos últimos anos. A queda súbita e acentuada no preço do petróleo forçou muitas empresas a adotar um intenso foco na operação interna - cortando agressivamente os gastos e custos. Oportunidades de fusões e aquisições foram adiadas por causa da incerteza sobre as perspectivas do preço do petróleo. Agora, com o aumento da confiança na economia global, essas oportunidades de aquisição estão crescendo e devem ser concretizadas.”, afirma Luiz Claudio Campos, sócio de transações corporativas do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.
Atualmente, 74% das empresas de óleo e gás em busca de negócios estão considerando ofertas de menos US$250 milhões, representando uma grande oportunidade para transações no middle market. Oitenta e cinco por cento dos executivos de óleo e gás esperam que o valuation gap entre compradores e vendedores permaneça em níveis superáveis, o que irá incentivar o fechamento de negócios em curto prazo.
Na maior parte dos últimos três anos, o crescimento ocupou a agenda estratégica das empresas do setor. Agora, o foco está na otimização do portfólio e gestão de riscos no atual ambiente econômico. A pesquisa indica que 63% dos executivos de óleo e gás estão dedicados em reduzir custos e melhorar a eficiência operacional, enquanto planejam aquisições para o próximo ano.
"Inovação e complexidade estão definindo um novo cenário de fusões e aquisições no setor de óleo e gás. Apesar do otimismo com a economia aumentar o apetite por oportunidades, desafios persistem. Incertezas geopolíticas e volatilidade dos preços das commodities continuarão a influenciar as decisões de negócios.”, finaliza Campos.