Para Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico e vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, o novo conjunto de eclusas do Canal do Panamá, que passou pelas primeiras provas de funcionamento ao final de junho deste ano, permitirá a passagem de navios com maiores dimensões, o que estimulará o comércio não só na região como em toda a América Latina. Até aqui o Canal do Panamá não permite a passagem de determinados supernavios, que têm de escolher outros trajetos, prejudicando sensivelmente não apenas os países da América Central e dos Estados Unidos como da América do Sul.
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Para o Brasil, explica, o novo canal deverá trazer também grandes resultados. "Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), os portos de Pecém-CE e Itaqui-MA, por sua localização estratégica, serão os pivôs de um novo triângulo de comércio internacional, tornando-se hub ports de cargas provenientes da Costa Oeste dos Estados Unidos e da Europa. Suape-PE e Vila do Conde-PA também deverão ser beneficiados. Seja como for, esses portos terão de receber investimentos para adequar sua infraestrutura aos novos tempos. Já para Santos e Paranaguá, os mais tradicionais do País, não se prevê nenhum reflexo econômico de vulto."