O consultor de Infraestrutura e Logística, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, em evento recente em São Paulo, afirmou que, mesmo com perdas de até 4 milhões de toneladas de soja e milho, ocorridas no decorrer de 2014, em consequência das deficiências na infraestrutura, que elevam os custos de transporte, tornando insuportáveis para o setor produtivo brasileiro, até 2020 o Brasil ultrapassará os Estados Unidos, tornando-se o maior exportador de alimentos do mundo.
Com infraestrutura insuficiente, a soja de Mato Grosso viaja dois mil quilômetros por estrada até os portos dos estados do Sudeste, encarecendo o produto brasileiro. A saída mais fácil para o exterior seria pelos imensos rios amazônicos e portos do Pará ou Amapá – que hoje conseguem escoar só 15,2% da produção. Segundo o governo, a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado no começo de junho, deve corrigir essa distorção. Para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), as concessões anunciadas têm um foco muito claro na porta de saída das exportações do setor pelo “Arco Norte”, o que pode descongestionar gradativamente o movimento em portos como o de Santos (SP).
Depois do filme Matrix muito tem se falado sobre a realidade virtual. A holística tem possibilitado a geração de figuras que lembram os avatares. Nessa corrida para esse mundo fantástico, as HoloLens da Microsoft aumentam a realidade e colocam os hologramas em ambientes reais. Nesta semana, a novidade causou um grande burburinho na feira Experience Evolution E3, em Los Angeles.
Apesar de ser um evento com o ministro dos Portos, Edinho Araújo, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no dia 15 último, quem deveria estar presente também, tantas foram as críticas ao setor, era a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e o próprio Ministério dos Transportes. O próprio ministro presente deu voz aos empresários e aos operadores portuários: “O acesso ferroviário [aos portos] é o sonho de consumo de todos no Brasil.”
Entre a vontade e o desejo existem os fatos. A assertiva se aplica à declaração do ministro dos Portos, Edinho Araújo, recentemente, sobre o prazo para o lançamento de editais para a primeira fase do Bloco I de arrendamentos nos Portos de Santos (SP) e Pará (PA): “Meu desejo é que isso ocorra o mais rápido possível.” Mas aí entra o condicionante realidade, e ele completa: “Lógico se eu tiver condições técnicas.” Não é necessário ter bola de cristal para saber que a Secretaria de Portos (SEP) não as tem, cenário admitido pelo próprio ministro ao dizer a empresários, em São Paulo, que o seu quadro técnico é competente, porém reduzido.