Contrariando o velho refrão atribuido a Karl Marx que a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa, a história da tragédia do dirigível Zeppelin retorna como um aprimoramento de alta tecnologia. Agora o conceito de dirigível mais leve do que o ar, vai possibilitar quem quiser pilotar sua própria aeronave, e tiver saldo bancário robusto, cruzar os ares de 2018, em uma viagem espetacular.
Foto: imagem de Internet: INfo-Abril
Foi o que a norte-americana Lockheed Martin, companhia de aviação e equipamentos militares, presentou na Paris Air Show, no dia 23 último. O dirigível LMH-1 tem quatro colchões de ar, chamados de Air Cushion Landing System, que permitem um pouso suave. Quando ele estiver estacionado, essas câmaras de ar poderão ser esvasiadas, para eliminar a necessidade de amarras e permitir embarque e desembarque seguro.
Por não necessitar de pistas para desaceleração, esses equipamentos podem pousar em situações de prestar socorro, em locais inacessíveis por aviões. Como dá para imaginar, ele cheio de hélio é do tamanho de um campo de futebol. Isso vai demandar muito espaço para suas operações em terra. Esse projeto vem sendo desenvolvido há 20 anos e está pronto para ser comercializado.
O LMH-1 consegue transportar 19 passageiros, incluindo a tripulação, e mais 21 toneladas de carga — o equivalente a três elefantes africanos adultos. A velocidade máxima alcançada é de 111 km/h.
Chamada de híbrida, a tecnologia do LMH-1 é, na verdade, uma combinação de um veículo mais leve que o ar (seu balão, por assim dizer, cheio de hélio, para dar sustentabilidade) com um mais pesado que o ar (o conjunto de motores propulsores). Outra novidade do modelo é o formato de três lóbulos, responsável por 20% da sustentação da aeronave. Suas características de pouso lhe dão exclusividade em relação a outros veículos de transporte. Ele pode pousar em qualquer superfície plana, inclusive sobre a água. O futuro do LMH-1 fazer o seu primeiro voo está perto.