Quinta, 28 Novembro 2024

Dia a Dia

Quanto mais se tem, mais se quer, diz o ditado popular. Ele cai como uma luva em fatos que envolvem o grupo Libra Terminais. Além de uma dívida com o Porto de Santos que, parece, estar sendo escrita no gelo, a operadora portuária quer mais. Solicitou ao governo federal, segundo notícias veiculadas na imprensa, a antecipação da renovação de três terminais arrendados – cujos contratos findam entre 2015 e 2020 – no complexo portuário santista, o T-33, o T-35 e o T-37. Acompanhe neste link a situação dos contratos portuários no país.

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A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras repousa numa gaveta do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), desde agosto último. O requerimento para tal já foi lido em plenário e recebeu adesão bem acima do exigido regimentalmente pela Casa, mesmo assim o assunto não ganhou prioridade. Solicitada para investigar uma transação da petrolífera brasileira em solo estadunidense, envolvendo alguns milhões de dólares, a CPI, todavia, pode “engordar” em termos de situações que fogem ao controle da transparência e dos bons costumes econômicos. Longe do que muitos imaginam, esse tipo de situação nebulosa – para se dizer o mínimo – tem sim reflexos diretos no dia a dia da sociedade brasileira.

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Se existe um mistério maior do que os sustentam o ibope das novelas brasileiras, como, por exemplo, “quem matou Odete Roitman?”, este está no Porto de Santos, diz respeito a uma dívida bilionária e envolve vários atores, alguns coadjuvantes, outros protagonistas. Estes são o poderoso Grupo Libra, a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) e a Secretaria de Portos (SEP), entre outros.

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O texto Eduardo Campos pode fazer de Suape o Porto do Brasil, publicado nesta coluna, em 9 de dezembro último, causou um bom frisson no mundo social digital. Afirmamos que o governador de Pernambuco – hoje na corrida presidencial – pode surpreender positivamente o setor portuário tupiniquim com um novo e arrojado modelo de porto, colocando Suape entre os mais modernos e avançados do mundo, deixando para trás “feras” do setor, como Santos (SP) e Paranaguá (PR), entre os portos públicos. Todavia, as opiniões diferem.

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A luz vermelha foi acesa para a dragagem de aprofundamento do Porto de Santos, no litoral paulista. Tanto que foi formado um grupo interministerial por representantes da Secretaria de Portos (SEP) e dos ministérios dos Transportes e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para reavaliar todo o plano de dragagem cais santista. Para o presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço, isso é uma confissão pública do governo federal de que as obras de dragagem têm deixado muito a desejar, contribuindo não só para a ampliação dos congestionamentos viários como para prejudicar a produtividade do cais.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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