O Porto de Santos, no litoral paulista, ganhou um aliado forte e importante, os engenheiros do Brasil. Em reunião com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo e Oliveira, nesta terça-feira (1º/7), em Santos, o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), Murilo Celso de Campos Pinheiro, reafirmou compromisso da categoria com o desenvolvimento do sistema portuário nacional e destacou que a categoria, por meio da sua federação (FNE), tem contribuído com debates e propostas factíveis nesse sentido. Todavia, o sindicalista observou que esse crescimento passa, necessariamente, pela valorização profissional dos funcionários da empresa. No caso específico da categoria que representa, Pinheiro reivindicou que a companhia dê cumprimento à Lei nº 4.950-A/66, que estabelece o piso salarial desses profissionais em valor equivalente a nove salários mínimos vigentes no País para jornada de oito horas diárias, como ponto de partida para se pensar num plano de cargos e salários na empresa.
O executivo da companhia – também engenheiro, que está à frente, desde maio último, da autoridade portuária do Porto de Santos – se mostrou aberto ao diálogo com o sindicato e total interesse em discutir as proposições apresentadas no memorial. Por isso, solicitou ao sindicato a apresentação de um projeto-piloto com ideias não apenas para melhorar a estrutura funcional dos engenheiros, mas também para aperfeiçoar a logística das operações portuárias.
Os sindicalistas destacaram que o Porto não significa apenas edificações e infraestrutura e que ao cumprir os direitos legais dos engenheiros e de todos os demais profissionais da empresa, seus resultados e economias serão amplamente visíveis, tanto na sociedade como no ambiente de trabalho e no desenvolvimento do maior complexo portuário do País.
Para os dirigentes sindicais, o encontro foi um passo importante na construção de um canal de entendimento entre as partes, sempre visando à valorização dos engenheiros e também debater projetos arrojados para ajudar o desenvolvimento econômico nacional.