Sexta, 22 Novembro 2024

Logística se preocupa em levar produtos onde eles são necessários no momento exato (Donald J. Bowersox)

Dad 26JAN2023Inegável o insucesso do programa de desestatização dos portos, no governo anterior. Até mesmo a única privatização, a toque de caixa, da Companhia Docas do Espírito Santos (Codesa), não conseguiu convencer que tenha sido a melhor solução para o Brasil. Construir o Porto de Santos oceânico é a oportunidade de desenvolver um modelo de logística que garanta o atendimento de navios cada vez maiores; maior movimentação de carga e com acesso eficiente dos modais do transporte terrestre de longa distância. Utilizando tecnologia blockchain, como inteligência logística descentralizada e com interações diretas entre parceiros contratuais, rumo ao futuro com resultados. 

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É necessário bem conceituar o papel do porto oceânico e debater as vantagens que ele promove em uma comunidade que compete entre si e, hoje, é servida por um canal insuficiente para receber os navios modernos de grandes calados, transportando maior volume de carga a menor custo. Considerando que se trata de construir uma infraestrutura portuária ampliando a capacidade operacional do Porto de Santos, possível por meio de um Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Conforme anuncio o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, esse modelo de financiamento é estratégico para realizar as obras de infraestrutura necessárias e, atualmente, sem recursos.

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Construtivamente, há manifestações de interesse em participar dessa obra. Logisticamente, é um novo tempo para fortalecer a perenidade de posicionamento líder do Porto de Santos e oportunidade para reformulação de contratos. O ânimo que impulsionou o movimento Santos17, até a constatação da sua inviabilidade técnica, aponta à necessidade de Santos também receber os maiores navios do mundo. Um desafio que envolve a navegação em evolução tecnológica para operar logísticas complexas eficientemente, da origem ao destino da carga.

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A questão privado-estado é uma componente da estrutura de decisão, assim como a administração eficiente pode minimizar os custos da construção e da operação do porto oceânico. A localização em Praia Grande, na Ponta Itaipú, para o qual já há um estudo, tem opiniões favoráveis e influentes. O ministro dos Portos, Márcio França, quando prefeito de São Vicente, era entusiasmado com esse projeto, para fazer o comércio marítimo passar pela cidade que administrava. Sem sombra de dúvida, uma visão avançada. O ex-prefeito de Praia Grande e deputado federal, Alberto Mourão (MDB), também é favorável a esse porto oceânico e participou do seu estudo.

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O cerne da questão é a competitividade do Porto de Santos ameaçada. Ou, cravar a oportunidade de aumentar a escala de movimentação de carga. Estes fatores são bem conhecidos no processo de decisão do que se trata e envolvem aspectos físicos, comerciais, sociais e estratégicos. Na visão de plataforma logística, é exigente trazer também para essa conversa, o projeto Andaraguá, na Praia Grande, que inclui um aeroporto. Importante, também, considerar o potencial de ligação hidroviária dessa região com o Porto de Santos, incluindo o canal e município de Bertioga. Uma possibilidade de mais uma logística global, na Baixada Santista.

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Como parte destacada nesse pujante comércio marítimo, bem como por causa da intensidade do debate mundial sobre política industrial, a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) também é voz na discussão desse projeto, como foi do Santos17. Cenário em que a produtividade do porto compõe o preço final do produto e influencia a sobrevivência da empresa. Certamente, o porto oceânico tecnológico da Baixada Santista reduz custos operacionais e agiliza o curso da carga.

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