Construir um aglomerado (cluster) regional para competir nas redes (networks) globais
É indubitável que progride o projeto do ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, para a Rota da Seda chegar ao porto de Itaqui. Isto foi enfatizado na palestra “As Potencialidades do Maranhão na Nova Rota da Seda da China: oportunidades de negócio e desenvolvimento para o Brasil”, na semana passada em São Luiz, pelo professor Paul Lee, da Universidade de Zhejang, da China, e idealizador de um estudo focando os portos estratégicos para passar a nova Rota da Seda.
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Também parece ser um ponto dessa curva o fato de a Rumo vender, na sexta-feira passada, numa operação de R$ 1,4 bilhão, 80% de dois terminais de movimentação de grãos e açúcar no Porto de Santos. Hipótese robusta da mudança da logística do agronegócio para portos do Arco Norte, de maiores profundidades e, portanto, mais competitivos para movimentar granéis, que têm a China como cliente preferencial.
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À primeira vista, e como já se comenta, a rota do Porto de Santos para grãos vai diminuir significativamente e perder oportunidade para os portos do Norte, com a sua logística. Diante desse quadro é oportuno um plano de metas ambicioso, com objetivos claros e que abranja tanto a expansão do porto, como atrair os investimentos para aplicar novas tecnologias. Tampouco se pode negligenciar com a situação do seu quadro de mão-de-obra, que vem preocupando as instituições sindicais.
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Do mesmo modo que em 1888, há 134 anos, quando o Porto de Santos mudou seu paradigma logístico, olhando para o futuro, é preciso, hoje, ter novamente a liderança do Eduardo Guinle, para realizar uma obra virtuosa. Como está ocorrendo no Maranhão, com José Reinaldo Tavares. A Baixada Santista tem que construir seu Porto em mar aberto (off-shore) na Ponta do Itaipu, em Praia Grande. Porque está, sem profundidade nem geometria para operar os grandes navios do contêiner ou do granel, atualmente. Assim, será um porto do passado e ameaçado como líder.
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Trata-se de uma decisão de razão técnica e visão política que possibilitarão um plano de negócios com enorme potencial e para o qual já existem estudos preliminares. Portanto, uma realidade certificada e com sinergia para agilizar as decisões na esfera governamental. No tempo em que se assiste realizações fantásticas no espaço sideral, é preciso navegar ágil nos mares da Terra.
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