Implantar Green Port é impositivo e cumpre parâmetros internacionais.
A qualificação do túnel submerso ligando Santos-Guarujá, sob o canal do Porto de Santos, no litoral paulista, no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), nesta quinta-feira (16/12), reafirma o compromisso do ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas com a deputada federal paulista Rosana Valle (PSB). Essa ligação a seco vem sendo prometida sem consequências, em períodos eleitorais, há quase um século. Essa interação entre Estado e a iniciativa privada pode virar legado.
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Santos e Guarujá, cidades às margens do principal porto do Hemisfério Sul, têm uma forte conurbação e uma intensa travessia do canal que as separa. São pedestres, ciclistas e veículos automotivos em fluxos intensos, em balsas e barcos, que cortam o trajeto dos navios. E ocorrem filas longas e de esperas demoradas. Quanto à necessária solução, não paira dúvida; falta somente um plano de negócio robusto para atrair investimentos privados.
Editorial Portogente
Ministro Tarcísio candidato ao governo de São Paulo
Com extensão total de 1.500 metros, com a parte submersa medindo 800 metros, a implantação desse túnel tem custo estimado em R$ 4 bilhões. O projeto prevê fluxos de veículos leves e de carga; pedestres, bicicletas e do Veículo Leve sobre Trilho (VLT). Há empresas interessadas em participar desse projeto, bem como há competência nacional para desenvolver o projeto e implantá-lo. Há muito desenvolvimento potencial para passar por esse túnel.
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O projeto da ponte, como alternativa para justificar a renovação do contrato da Ecovias, é uma proposta equivocada e descartada como ligação, por seu papel inoperante nas relações do porto e as cidades. E o seu traçado já é muito bem correspondido pela Rodovia Piaçaguera-Guarujá. A PPI facilita a construção de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada, por meio de contrato. Há fontes de recurso suficientes, para construir o túnel submerso.
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Sem sobra de dúvida, a concretização da construção do túnel submerso para travessia do canal do Porto de Santos depende de dois fatores: vontade política e forte determinação administrativa. É fato consumado: trata-se de uma obra prioritária, por muitas e não poucas razões, sob a ótica econômica, logística, urbana, social e da sustentabilidade. Por isto, ela é muito cobrada.
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