Sexta, 22 Novembro 2024

Portos de decisões centralizadas, em Brasília, jamais atingem patamares dos portos asiáticos.

Sem liderança para realizar a transição de modelo necessária, a atual diretoria do Porto de Santos insiste em piorar a situação já precária da pseudo- autoridade portuária. Em pouco mais de um ano, um dos seus diretores foi acusado de impropriedades, presidente foi defenestrado esquisitamente e sem os esclarecimentos devidos. A atual diretoria meia boca, incompleta, mete os pés pelas mãos e cria mais uma crise. Após empregar gente por relações pessoais e políticas em cargos bem remunerados, demitiu funcionários de carreira competentes com alegação de corte de despesas.

Porto Dad 06JUL2020

Editorial | Portogente
Minfra centraliza decisões da comunidade portuária

Não menos rumoroso, o traçado da poligonal, que define a área do porto organizado e público de Santos, afronta a sua comunidade portuária. Sabe-se lá o porquê, esta diretoria excluiu desta poligonal e isenta de taxas e obrigações o terminal da DP Word. Isto quebra a isonomia no estuário em relação aos demais terminais portuários e promove desvantagem competitiva. Qual a justificativa devida para outorgar um privilégio a um membro de uma comunidade pública?

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Esse clima de confronto e favorecimentos desfavorece sobremaneira o bom andamento desejável do longo processo de desestatização dos portos de Santos e São Sebastião, ambos no litoral paulista. O Brasil não pode errar e precisa avaliar a dimensão do papel econômico desses portos. O de Santos como líder na movimentação; o de São Sebastião na logística do petróleo e no cluster do Vale do Paraíba. Portanto, é imperativo que os formuladores das políticas portuárias desses, e demais portos, tenham diálogos com as partes interessadas nos setores portuário, marítimo e suas comunidades urbanas.

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Entidades gestoras de portos modernas têm que fazer mais do que apenas administrar áreas portuárias - muito menos sem isonomia - e cuidar da segurança náutica. Elas têm um gama mais amplo de tarefas que adiciona valor para a comunidade portuária, à cadeia logística, aos negócios e comércio em geral, no contexto corporativo e ambiental em que portos operam. Em última instância, criar uma estrutura flexível para a organização de serviços portuários e elevar o perfil do porto.

Editorial | Portogente
Competitividade dos portos brasileiros

O clima de pandemia e de juros baixos tem sido propício para negociar acordos comerciais favoráveis a investidores do Hemisfério Norte. O Brasil é pujante em oportunidades, inclusive em áreas portuárias. Ledo engano achar que a administração portuária brasileira não corresponde aos requisitos de um aquecimento do comércio internacional.

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O que estorva a produtividade dos portos brasileiros são as diretorias por indicações políticas e a descentralização das decisões relativas aos portos.

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