Quinta, 21 Novembro 2024

Caros leitores,

 

Hoje, continuaremos a abordar o tema das bitolas, falando do Uruguai dentro do mosaico em que se constituem as diferentes medidas encontradas na América do Sul.

 

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O Brasil tem conexão ferroviária internacional com o Uruguai em dois pontos: Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) - Rivera (Uruguai) e Jaguarão (Rio Grande do Sul) - Rio Branco (Uruguai). Nesses pontos, há a necessidade de transbordo, pois as bitolas são diversas: Brasil 1,000 m e o Uruguai 1,435 m. Em Quarai (Rio Grande do Sul) - Artigas (Uruguai), apesar de existir as ferrovias, não há conexão.

 

A ferrovia uruguaia também tem conexão com a ferrovia argentina por meio da cidade de Salto Grande (Uruguai) e Concórdia (Argentina) na mesma bitola de 1,435 m. A extensão total da rede uruguaia já foi de 2.987 km.

 

 

Mapa do Atlas ferroviário da Alaf - 1976 - Rio Grande do Sul

 

 

Rede ferroviária uruguaia

 

A fusão das ferrovias uruguaias ocorreu em 1952 com a criação da Administración de Ferrocarriles del Estado (AFE). O abandono e a crise das estradas de ferro foram contemporâneos com a brasileira e em 2004 foram realizadas licitações para conceder a operação das mesmas à iniciativa privada. Entretanto, os resultados foram nulos, pois as ofertas não atendiam às condições dos editais realizados pelo Ministério dos Transportes local, que administrava diretamente as ferrovias.

 

Em 2005, o transporte de passageiros é reestabelecido novamente pela AFE, após estar paralisado por vários anos. No entanto, a atividade volta a ser interrompida em 2006.

 

Atualmente, o sistema ferroviário do Uruguai oferece o serviço de carga em pequena escala como, por exemplo, o transporte de cevada do Brasil para a Cervejaria Norteña, com transbordo via rodoviária.

 

Mapa do Atlas Ferroviário da ALAf de 1976

 

Do lado brasileiro, a América Latina Logística (ALL) desativou os ramais de acesso à rede uruguaia, os quais já apresentavam baixo volume de cargas desde os tempos da RFFSA, permanecendo apenas o de Santana do Livramento, que pode transbordar 70 t/h e tem a capacidade de armazenagem de 4.000 toneladas. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, em 2006, foram importadas 87.994 t de mercadorias do Uruguai por via ferroviária e não houve exportação, números realmente pequenos dentro do Mercosul.

 

A conexão com a Argentina também está subutilizada, pois a ferrovia argentina opera apenas 7.000 km dos 40.000 km de toda a rede.

 

A Corporação Nacional para o Desenvolvimento (CND) criou a Corporação Ferroviária do Uruguai, que, em parceria com a AFE, irá recuperar e operar 900 km de linhas ferroviárias no transporte de grãos e madeira.

 

Referências bibliográficas

Atlas Ferroviário Latino Americano - Asociación Latino Americana de Ferrocarriles - Buenos Aires - 1976

www.teknobank.com.br/afe/

www.cnd.org.uy/

http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/

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