Terça, 23 Abril 2024

Quando um transatlântico entra no Porto de Santos, uma felicidade indescritível toma conta do coração!

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E quando um navio de passageiros deixa o estuário, a saudade invade o coração...

O encontro de transatlânticos de uma mesma companhia de navegação era fato corriqueiro nos áureos tempos das embarcações de passageiros.

Os transatlânticos Brasil e Argentina, da Moore-McCormack Lines, e Giulio Cesare e Augustus, da Italia di Navigazione, algumas vezes se encontravam em Santos, no Rio de Janeiro, em Salvador ou em outro porto do roteiro.


O transatlântico Alcantara, da Mala Real Inglesa, navegou de 1927 a 1958.
Media 199,80 metros. No dia 31 de agosto de 1953, foi desatracado e
conduzido pela orientação do prático Gerson da Costa Fonseca. Era um dos
navios mais procurados pelos viajantes na rota do Atlântico Sul. Col. do autor

Neste texto, vamos recordar uma passagem de dois navios que ficaram bastante conhecidos no Brasil.

O encontro de transatlânticos em Santos era também oportunidade de reencontro de pessoas, especialmente de igual nacionalidade e da mesma companhia de navegação.

Os navios de passageiros Alcantara e Andes, de bandeira britânica, da Mala Real (Royal Mail, em inglês), fizeram escala em Santos em 31 de agosto de 1953, permitindo que duas camareiras da primeira embarcação e uma profissional da segunda ficassem a conversar no cais do Armazém 16.

O Alcantara rumava para o Prata. O Andes atracou na Cidade, procedente de Buenos Aires, na Argentina, e de Montevidéu, no Uruguai, com destino ao Rio de Janeiro (na época Distrito Federal), Salvador, na Bahia, Las Palmas, ilha espanhola no meio do Atlântico, Lisboa (Portugal), Cherbourg (França) e Southampton (Inglaterra).

Os dois navios de passageiros deixaram o Porto um atrás do outro, ao entardecer daquele dia de inverno – a três semanas da primavera!

O prático Gerson da Costa Fonseca foi escalado para a saída do Alcantara e Teophilo  Quirino, para a desatracação do Andes.


O belo e imponente Andes, de 204 metros de comprimento, navegou
de 1939 a 1971. Era o capitânia da frota do Royal Mail Lines. Marcou
presença no Porto de Santos. Postal da coleção do autor

Naqueles românticos tempos dos transatlânticos – quando o avião ainda não havia conquistado espaço na cabeça dos viajantes – o clima era sempre de emoção, na despedida!

No entardecer de 31 de agosto de 1953, durante a saída dos dois transatlânticos, houve a tradicional troca de saudações, por meio de apitos, emocionando os que assistiam à partida...

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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