O importante porto italiano de Gênova era a base dos navios da Itália Societá di Navigazione - e também da sede da mais famosa armadora italiana de todos os tempos.
Propaganda da Italian Line, mostrando as
cores da chaminé, bem como a Ponte Lido
de um dos navios da famosa armadora.
Reprodução.
Vale lembrar que, a partir de 1932, as três principais armadoras da Itália fizeram uma fusão que formou a Itália Flotte Riunite Consulich / Lloyd Sabaudo / NGI.
Em 1937, essa empresa passou a ser a Itália Societá di Navigazione, ou Italian Line, como era mundialmente conhecida.
Poster do Lloyd Sabaudo, informando a viagem
do Conte Rosso com destino a Buenos Aires, com
escalas no Rio de Janeiro e Santos. O Lloyd
Sabaudo foi uma das três grandes empresas de
navegação que fizeram fusão, dando origem à
Societá Italia di Navigazione. Col. do autor.
A principal característica dessa empresa de navegação eram os belíssimos e imponente navios de passageiros, que ficaram conhecidos nos quatro cantos do planeta, bem como a ótima qualidade dos serviços, conforto, excelente gastronomia e alegria contagiante, que muito agradava aos passageiros.
Os transatlânticos mais conhecidos eram o Conte Rosso, Conte Verde, Conte Biancamano, Conte Grande, Giulio Cesare, Augustus, Andrea Doria, Cristoforo Colombo, Leonardo da Vinci e Raffaello.
O Conte Biancamano, que fazia par com o Conte Grande, foi construído
para o Lloyd Sabaudo e fez sua viagem inaugural em 1925.
Havia também uma série de navios mistos (de cargas e passageiros), completados entre 1947 e 1949, que ficaram conhecidos como os Série Navegadores. Eram eles: Paolo Toscanelli, Sebastiano Caboto, Ugolino Vivaldi, Marco Polo, Amerigo Vespucci e Antonio Usodimare.
Os Navegadores tinham capacidade para 90 passageiros na classe cabine e 530 de terceira classe, além de receberem grande capacidade de carga.
Foram construídos para servir a linha da América do Sul, como também a América Central e portos do Pacífico.
O belissimo Giulio Cesare navegando no Estuário do Porto de Santos,
na altura do Iate Clube do Guarujá - 1969. Col. do autor.
Até um trio de navios músicos havia: Donizetti, Rossini e Verdi, que pertenciam a outra armadora, com outros nomes. Eram de 1951.
Cada navio italiano tinha uma legião de fãs, passageiros cativos – e personalidade própria, que diferenciava uns dos outros transatlânticos!
O imponente Augustus, gêmeo do Giulio Cesare, foi um dos navios
mais marcantes da armadora italiana na linha da costa Leste da América
do Sul. Col. do autor
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