Uma das coisas mais fascinantes que a Internet proporciona é a facilidade de fazer amigos.
Muitos desses amigos não conhecemos pessoalmente – e provavelmente isso não acontecerá, em vista das distâncias que nos separam.
O transatlântico italiano Cristoforo Colombo, de 1954, na Baía de
Santos quando navegava para o Armazém de Bagagem - 1974.
Foto: J. C. Rossini.
Mas, apesar da distância, no decorrer do tempo, a afinidade com alguns amigos internautas cresce, e temos a impressão de que nos conhecemos de longa data!
Assim, conheci vários amigos pela Internet. Os e-mails vão e vem, sempre repletos de boas informações, lições de vida e fotografias maravilhosas!
Cartão-postal do Cristoforo (gêmeo do fatídico Andrea Doria), com
o casco pintado de preto, na época em que fazia a linha do Atlântico
Norte -Genova, Nápoles e Nova Iorque. Media 213,59 metros de
comprimento, deslocava 29.191 tons e 1.066 passageiros em três
classes. Era luxuoso e com grandes espaços. Col. do autor.
Diga-se de passagem, esses amigos têm um diferencial em relação aos que encontramos no dia-a-dia.
Explicando melhor: é muito aprazível e salutar!
Um desses amigos é o comandante Wanderley Duck, que sempre envia informações interessantes e fascinantes. Tanto que muitas se tornam tema de artigos nesta coluna Recordar do Portogente.
O Cristoforo Colombo, em final de atracação no Porto de Santos,
auxiliado por dois rebocadores - 1974. Foto: J. C. Rossini.
Darei um exemplo. Há cerca de um ano, recebei e-mails que recordavam os navios de passageiros italianos dos anos dourados, como o Giulio Cesare, o Augustus e o Cristoforo Colombo.
Repasso um desses e-mails. Se não me falha a memória, o último que recebi sobre o Cristoforo Colombo, transatlântico que tive o privilégio de visitar em 1976, quando fui me despedir de amigos que iam para Lisboa.
O belíssimo Augustus, cuja viagem inaugural foi em 1952, da Italia
di Navigazione, gêmeo do Giulio Cesare. Ambos foram substituídos
respectivamente pelos transatânticos Guglielmo Marconi e Cristoforo
Colombo. Col. do autor.
Eis o texto recebido de Duck:
“Sobre o Cristoforo Colombo, acabo de receber estas informações complementares, de um amigo conhecedor e experiente na navegação marítima.”
“Em 1972 o Grupo Finmare – empresa estatal italiana de navegação que administrava as companhias públicas de longo curso – fez uma reunião em Roma pra tratar dos problemas que estavam afetando a frota corrente.”
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