Quarta, 08 Mai 2024

A antiga fotografia exibida abaixo dos legendários cruzadores Barroso e Tamandaré, da Marinha do Brasil, tem significados especiais, e solicito ao leitor desta coluna que observe atentamente a imagem.


Os legendários cruzadores Barroso e Tamandaré da Marinha do
Brasil, em foto clicada em 1955, por José Dias Herrera. A foto
tem significados especiais, como trabalhadores portuários, o
Armazém 15 da Companhia Docas de Santos, ainda não alinhado (há
um recuo no cais) e o detalhe mais importante: a Bandeira do Brasil
hasteada na popa do contratorpedeiro Marcílio Dias. Col. do autor.

O primeiro significado é que foi clicada pelo magistral fotógrafo José Dias Herrera, o Seu Zezinho, um dos três irmãos fotógrafos que ficaram muito conhecidos em Santos. Os outros: Paco e Rafael Herrera. Todos trabalharam no jornal A Tribuna.

José Dias Herrera fotografou tudo que se possa imaginar sobre Santos – jogos de futebol, o genial Rei Pelé, presidentes da República, cenas do cotidiano e, principalmente, o cais. Ah, o nosso belo porto! Por isso Zezinho era, também, conhecido como fotógrafo do porto.

O segundo significado é que esses dois cruzadores foram os principais navios da nossa Marinha na década de 1950, até a chegada do porta-aviões Minas Gerais, no início dos anos 1960.

Esses cruzadores participaram de diversas missões navais – de manobras com navios brasileiros e com navios de outras marinhas.

Fizeram representações do Brasil no exterior. O Barroso, por exemplo, capitânia da Esquadra Brasileira, fez parte da grande parada naval em Southampton, Inglaterra, com navios de guerra de várias nações, em homenagem à coroação da rainha Elizabeth II, em 1953.


Em vida, Seu Zezinho fotografou tudo o que se possa imaginar,
principalmente no Porto de Santos. A foto foi clicada em 2006,
durante visita do Sr. Herrera no escritório do autor.

Uma outra parada naval de destaque de que o Barroso participou foi em 1960, durante as comemorações henriquianas, em homenagem ao infante Dom Henrique.

Já o Tamandaré fez diversas viagens ao exterior – a de maior destaque foi a missão de levar o presidente Café Filho a Portugal durante visita presidencial àquela nação irmã, em 1955.

Tudo isso sem deixar de lembrar que o Barroso e o Tamandaré foram notáveis escolas de bons marinheiros, ao propiciar conhecimentos marítimos e bélicos para aspirantes da Escola Naval e aprendizes de marinheiros.

Muitas coisas mais poderiam ser ditas sobre esses cruzadores! A lista é grande...

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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