Quarta, 08 Mai 2024

Após a publicação de um artigo da minha autoria nesta coluna, em meados de 2010, recebi um telefonema de um descendente de um antigo prático do Porto de Santos. Ele me solicitava informações a respeito da carreira do comandante Nicolo Cervetto – familiarmente apelidado de Culin.


O prático Cervetto em fotografia
de 1932, utilizada na sua carteira
marítima. Um dos práticos mais
notáveis da história do Porto de
Santos. Acervo: Caterina Cervetto.

Logo após o pedido, entrei em contato com o meu amigo José Carlos Rossini, radicado em Genebra, na Suíça.

Rossini – que já viveu em Santos – é autor de obras sobre navios, das quais destaco Rota de Ouro e Prata, sobre a história dos transatlânticos que faziam a linha da costa leste da América do Sul, de meados do Século XIX até o período pré-1970.

A Rota de Ouro e Prata (edição esgotada) já foi citada diversas vezes nesta coluna, por ser valiosa fonte de informações.


Durante travessia transatlântica a bordo do Costa Serena, Caterina
Cervetto, filha do prático Cervetto, ladeada por José Carlos Rossini
e seu marido Nicolo Camali (à direita) - 2002.

Rossini é, com certeza, o maior conhecedor da história da Praticagem santista em todos os tempos, além de ser amigos dos práticos do Porto de Santos há muitos anos.

Dele, recebi recentemente as seguintes informações, as quais transcrevo:

Em novembro de 2010, realizei um cruzeiro transatlântico, entre Savona, Itália, e Santos, no Costa Serena.

 


Foto clicada na sala de reuniões da antiga sede da Praticagem de
Santos, que exibe molduras com as fotos de Cervetto e de Sebastião
Couto, bem como roda com nomes de antigos práticos. Foto do autor.

 

Após um dia de navegação, para a minha grande surpresa, fui informado, por um oficial do comando do navio, de que a bordo se encontrava a filha de um ex-prático de Santos. Ela estava acompanhada do seu marido, antigo oficial da Linea C nos idos da década de 1940.

 

Assim, tive a grande satisfação de conhecer dona Caterina Cervetto e Nicolo Camali, ambos retornando de um passeio pela Itália.

 

Caterina é a única filha sobrevivente de Nicolo Cervetto e assim se fechou, por coincidência, o elo do artigo na coluna Recordar, o Passado no Presente.

 


O alvorecer na Baía de Santos, com um navio (possivelmente um dos
Itas da Cia. costeira) entrando no canal de acesso do cais santista.
O cartão-postal tem data de 1932, ano em que Cervetto ingressou
como prático em Santos. Col. do autor.

 

Nicolo Cervetto nasceu em Pietra Ligure, Gênova, em julho de 1887. Em 1902, aos 15 anos de idade, iniciou a carreira marítima, em veleiros – na atividade de marinheiro de convés.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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