Domingo, 19 Mai 2024

No distante ano de 1953, distante no tempo, mas ainda presente na memória de muitos mesmo passados 58 anos, a influência dos Estados Unidos já era grande no mundo. No Brasil também estávamos um tanto americanizados, em especial através dos produtos da indústria cultural – o cinema, a música e a publicidade.


O navio-aeródromo Saipan, de 200 metros, quando passava pela
antiga ponte dos práticos, na Ponta da Praia. Uma das atrações da
divisão naval norte-americana - 1953. Foto: José Dias Herrera.
Acervo do autor.

O cinema americano nos maravilhava com filmes de vários gêneros: musical, de romance, faroeste – ou de mocinho, como falávamos –, comédias, desenhos. E até os jornais que antecediam os filmes eram de produção dos Estados Unidos.

As crianças liam revistas infantis de Walt Disney. A leitura dos adolescentes era, entre outras, de Mandrake, Fantasma, Guri, Gibi mensal e Rock Lane. Os adultos eram leitores das revistas Life, Time e Seleções Reader’s Digest.


O cruzador pesado USS Macon, com seus canhões de 205 mm e
de 127 mm, quando manobrado pelo prático e comandante Teóphilo
Quirino(presidente da praticagem na época) - manobra de atracação.
Foto: José Dias Herrera - Acervo do autor.

Os brinquedos eram made in USA, assim como os automóveis Ford, Chevrolet, Studbaker, Kaiser e Nash, dentre outras marcas.

Tudo isso sem deixar de lembrar a grande influência do american way of life, após a guerra, nas inovações tecnológicas.

Tarefas que exigiam trabalho cansativo passaram a ser feitas por motores elétricos, aumentando o conforto do lar: máquinas de lavar roupa, geladeiras, batedeiras de bolo e liquidificadores faziam a alegria das donas de casa.


O USS Saipan atracado no cais da antiga Cia. Docas de Santos por
boreste (lado direito), vendo-se no convés de vôo vários caças. Pela
popa, os cruzadores USS Macon e USS Albany. Foto: José Dias Herrera. Acervo do autor.

Surgiram modernas lojas de departamentos como a Sears, a maior loja que já existiu em Santos.

O novo produto tecnológico, a televisão, se consolidou após a guerra, com programas americanos exportados para todo o mundo.

Já pedíamos hot dog em vez de cachorro quente.


Cartão-postal da cidade de Santos, mostrando parte da frota
atracada. Ao fundo, o famoso guindaste Sansão e a torre de
eletrificação do Porto de Santos. Acervo do autor.

Pedíamos sorvetes dos tipos sundae e banana split e tomávamos milk-shake.

Escutávamos e dançávamos músicas de ritmos como foxtrot, jazz e boogie-woogie.

Os ônibus que circulavam em Santos eram os confortáveis Coach GM, conhecidos como gostosões, devido à aparência e ao conforto. Os mesmos que circulavam nas grandes metrópoles americanas como Nova Iorque, Chicago, Los Angeles e Washington DC.


Na popa do USS Macon, grupo de guardas-marinha vindos da
Academia Naval de Anápolis e de diversas universidades dos Estados
Unidos. Ao fundo, o USS Saipan. Foto: José Dias Herrera.
Acervo do autor.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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