Na noite de segunda-feira, 13 de junho de 2011, Dia de Santo Antônio, Padroeiro dos Pobres e santo casamenteiro, invocado para descobrir objetos perdidos, retornava de um alegre jantar comemorativo e passei em frente à Praça das Bandeiras, onde fica a Fonte 9 de Julho.
* Festas juninas e doces lembranças
* Coisas da sempre bela e jovem Santos
Ao olhar na direção do mar, me veio à lembrança um dos maiores eventos de Santos – a Cidade Junina, também conhecida como Quermesse do Gonzaga, festa que santistas e turistas frequentavam. Tudo na maior animação e respeito.
Poster publicitário dos Festejos Juninos do
Gonzaga de 1971. A Cidade Junina, construída
nas areias da Praia do Gonzaga em Santos,
era uma grande atração turística da Cidade.
Coleção do autor.
A Quermesse do Gonzaga não é um objeto perdido, mas se trata de um acontecimento perdido no baú de memórias. De qualquer modo, sou grato a Santo Antônio!
A Cidade Junina era promovida e montada nas areias da Praia do Gonzaga pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes de Santos.
Funcionava nos meses de junho e julho, das 19 às 24 horas.
A Fonte 9 de Julho, mais conhecida como Fonte Luminosa, fica situada
na Praça das Bandeiras, no bairro do Gonzaga, o mais conhecido de Santos.
Coleção do autor.
Para se ter uma ideia da importância, foi uma festa que perdurou do final dos anos 1950 até início dos anos 1970.
Frequentei a Cidade Junina e guardo no coração boas lembranças do evento que animava as frias noites de inverno na Praia do Gonzaga.
Infelizmente, essa grande alegria de Santos deixou de existir.
Foto ilustrando a tradicional dança da quadrilha, imprescindível numa
festa junina. Também chamada de quadrilha caipira, ela é aberta pelos
noivos. Na verdade, a quadrilha representa o baile do casamento
matuto. Reprodução.
Foram vários os motivos que resultaram no encerramento da festividade. Um, no meu entender, foram os prejuízos que os restaurantes e lanchonetes da Cidade sofriam com a concorrência dos 16 galpões de atrações, que ofereciam serviços de restaurante, com alimentação típica das festas juninas, inclusive churrascos e o famoso quentão.
Os galpões, também chamados de barracas, eram explorados por 32 entidades assistenciais, 16 em cada mês de funcionamento.
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