Domingo, 19 Mai 2024

Os transatlânticos antigos não perdem a majestade graças ao milagre da fotografia, que congela imagens, permitindo ver como eram as formas e interiores dos navios, bem como os passageiros e tripulantes.


O Berengaria, anteriormente foi O Imperator. O Primeiro dos gigantes
da HAPAG. Os outros eram o Vaterland e Bismarck. Navegou pela Cunard
Line de 1921 até 1938. Reprodução.

E é exatamente graças às fotografias que, no texto deste artigo, veremos um navio de passageiros desconhecido da grande maioria dos amantes de transatlânticos – o luxuoso Berengaria.

Segundo o escritor americano Bill Miller, o Berengaria foi um dos navios mais ricos de histórias e um dos que melhor representaram o fausto e o esplendor da década de 1920.

Ele fazia a linha do Atlântico Norte, quando nem se pensava em viagens aéreas internacionais.


Quando o luxuoso navio de passageiros
passou para a Cunard, suas três chaminés
foram pintadas de vermelho-laranja e preto.
Exatamente como as do Mauretania que
tinha quatro chaminés. Reprodução.

Nunca navegou por águas brasileiras, mas, pelo que representou no mundo dos transatlânticos, merece ser sempre lembrado.

Anteriormente, era um navio alemão, o Imperator, que havia sido capturado pelos americanos durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Serviu como transporte de tropas e, após a guerra, foi cedido à Inglaterra, como indenização pelo naufrágio do navio Lusitania.


Os passageiros de primeira classe
se vestiam com muita elegância.
Era o preferido pelos ricos e famosos
nas travessias entre Southampton e
Nova Iorque. Reprodução.

Quando passou para o Reino Unido, o interior, originalmente alemão, foi modificado e os avisos, vertidos para o inglês.

Sob a direção da Cunard Line, as três grandes chaminés foram pintadas de preto e vermelho-laranja.

O Berengaria foi, durante a década de 20, a nau-capitânia da armadora britânica Cunard. Em vista do esplendor, foi o preferido por muitas celebridades.


No elegante salão de jantar do Berengaria, os cavalheiros trajavam
smokings e as damas com vstimetas do mais fino gosto. Reprodução.

Com tanto luxo e imponência, tinha prestígio para atrair passageiros de fama mundial. Dentre eles, podem ser citados Henry Ford, Douglas Fairbanks, Mary Pickford, J. P. Morgan e Will Rogers, além da rainha da Romênia e membros das famílias DuPont, Astor e Vanderbilt.

A passagem de terceira classe saía por US$ 50. Já uma suíte especial de primeira classe custava US$ 4 mil, preço elevadíssimo, considerando o valor do dólar americano na época.


A famosa revista estadunidense Fortune de julho de 1931,
trouxe ampla matéria sobre o esplendor do navio. A capa
ilustra uma atracação de navio, auxiliado por rebocadores
no pier 54 - da armadora Cunard - em Nova Iorque.
Reprodução.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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