Sábado, 04 Janeiro 2025

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Graças ao milagre da fotografia, porém, podemos observar como eram a sua linha, as suas cores e interiores e os espaços ao ar livre.

É natural que, com o passar do tempo, os navios tenham os desenhos modificados. Assim, é impossível fazer comparações entre os antigos e os atuais transatlânticos de cruzeiros. Cada um na sua época e com o próprio esplendor e personalidade.


Cena de embarque de cruzeiristas a bordo do Eugenio Costa, no Porto
de Santos, no início dos anos 90. Acervo: Emerson Franco.

O santista Sérgio de Oliveira, radicado na Alemanha, pesquisador de assuntos marítimos, conta que, foram feitos esforços para  popularizar o Eugenio Costa, modernizando os espaços internos, mas isso não trouxe os resultados esperados. – O Eugenio Costa já tinha conquistado o seu espaço, tanto como navio de passageiros como cruzeiros.

Alguns passageiros que foram hóspedes cativos do Eugenio C acreditam que os problemas causados pelos desgastes técnicos do navio, embora dispendiosos, não foram sanados para que o majestoso transatlântico não ofuscasse os demais navios da armadora.

É o que ocorreu com o famoso Camberra, da companhia britânica P&O, que foi demolido com a exclusiva intenção de evitar que os passageiros permanecessem fieis ao transatlântico. Isso poderia causar prejuízos aos novos navios da conhecida armadora da Grã-Bretanha.


Emerson Franco na companhia de sua genitora, durante
coquetel do Comandante do Eugenio Costa.

Confesso que tive oportunidades para participar de um cruzeiro a bordo desse que foi o preferido dos brasileiros, mas sempre adiava. Pois imaginava que, sendo um velho amigo, jamais nos deixaria. Aconteceu justamente isso – o Eugenio Costa partiu! Ele se foi e, com isso, me senti frustrado. Não podemos nunca deixar as oportunidades passarem!

Em 1997, o Eugenio Costa foi vendido e rebatizado com o nome Edimburg Castle. Em 1999, foi adquirido pela Premier Cruise, o casco foi pintado de vermelho e passou a ter no casco o nome Big Red Boat 2.

Com a falência da Premier, o navio ficou atracado em Freeport, nas Bahamas, aguardando decisão judicial. Finalmente, foi vendido em 2005 para um estaleiro sucateiro da Índia e a sua demolição aconteceu no início de 2006. Um triste final para um navio muito querido!

O objetivo deste artigo é simplesmente mostrar como o Eugenio Costa era belo – em todos os sentidos. - Um navio para ficar  guardado na  lembrança!

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