Segunda, 06 Janeiro 2025

A narrativa é da obra Caminhos do Mar (Sesc - 2002), sendo o comentário final do saudoso professor Nelson Salasar Marques. O texto é curto, mas com importantes recordações do passado de Santos. 


Por volta de 1925, Santos possuía um ótimo comércio e centros de
lazer. O local é a Rua General Câmara, entre as praças Ruy Barbosa e
Mauá. No local, se encontra o Edifício Itatiais. Col. do autor.

Por volta de 1925, a Cidade era um dos poucos municípios brasileiros que ultrapassavam os 100 mil habitantes. Depois de muitos anos de crises, epidemias e congestionamentos, a Cidade estava saneada e saudável. Novos bairros ligavam-se ao Centro por largas avenidas arborizadas, percorridas por bondes elétricos, e as ruas onde se faziam os negócios do café exibiam imponentes palácios.

Um pólo comercial e de lazer urbano com cinemas, confeitarias e restaurantes (o Café Paulista existia desde 1911) surge no tradicional Largo do Rosário (atual Ruy Barbosa), enquanto um outro pólo voltado para os jogos nos cassinos e a diversão à beira-mar consolida-se junto à praia do Gonzaga.


O Porto de Santos, porta de entrada e saída dos viajantes, fazia as
vezes dos aeroportos da atualidade. No postal, vemos o transatlântico germânico Cap Polonio (três chaminés) da Hamburg-Sud, atracando
pela proa do italiano Conte Verde. Quem seria o prático a bordo?
Quincio Peirão, Cerveto ou Sebastião Couto. Col. do autor.

A exportação de café criava fortunas e seus efeitos eram sentidos em toda parte. Sob o comando da Companhia Docas de Santos, o Porto ganhou feições industriais, com a integração de guindastes modernos, armazéns e ferrovias, tudo alimentado por uma usina hidrelétrica (Usina de Itatinga) própria, construída na encosta da Serra do Mar. E inaugurada em 1910. Tudo isso deixou os tempos de pioneirismos e crescimentos caóticos para trás.

Foi uma época em que Santos era cidade conversadeira... Conversava-se nos bondes, nos barbeiros ao raspar das navalhas, nas padarias. Isso sem deixar de dizer do apito dos grandes navios de passageiros levava, que todos para uma viagem imaginária em busca de grandes sonhos - Nelson Salasar Marques.


Os bondes elétricos ligavam os novos bairros ao Centro, através
de largas avenidas arborizadas. O local é a Praça Mauá, ainda sem
o Paço Municipal. Final da década de 1920. Acervo do autor.


O elegante Parque Balneário Hotel (onde está situado o atual shopping
center com o mesmo nome) fazia parte do reduto de hotéis e cassinos
do Gonzaga, bem como as diversões à beira-mar. Col. do autor.


Cartão-postal do maior centro de lazer da América do Sul, na época,
o Miramar: cassino, restaurante, ringue de patinação, cine-teatro,
salão de baile. Eram  marcantes os bailes de Carnaval. Era também
conhecido como Palácio Dourado do Boqueirão. Ficava na Conselheiro
Nébias, entre Epitácio Pessoa e Bartolomeu de Gusmão.
Acervo do autor.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!