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Recordei, também, de um relato de José Carlos Silvares, que esteve a bordo com a finalidade de fotografar e obter informações para uma matéria jornalística. Suas impressões foram as seguintes: já viajei e visitei muitos navios, mas fica difícil fazer um comparativo com os navios mais modernos por tudo que ele apresenta. Estou em dúvida se há outro navio de passageiros convertido para cruzeiro mais elegante e belo do que o Rembrandt, acrescentou Silvares.
O Rembrandt foi adquirido pela Premier Cruises das Bahamas, em 1997, da Holland América Cruises. Muitos classificam como o segundo navio mais importante que passou pela Cidade de Santos, só perdendo para o majestoso Queen Elizabeth2 da Cunard Line. Segundo dizia seu comandante, na época (1998-1999), Uwe Bunsen (falecido), O Rembrandt é uma das últimas relíquias que flutua.
O transatlântico tem muita história de fazer inveja a qualquer navio, pois antes era o Rotterdam, da Holand America Line, fazia par com o Nieuw Amterdam (passou por Santos em 1939 e 1953) na linha do Atlântico Norte.
Foi batizado pela Rainha Juliana, e fez a viagem inaugural em 13 de setembro de 1959, rumo a Nova Iorque. Navegou até 1971 como navio de passageiros.
O Rotterdam foi o primeiro navio a dispensar as chaminés convencionais, utilizando duas tubulações, cujo estilo foi seguido no britânico Camberra e no Eugenio Costa.
Voltando ao Rembrandt, sua armadora a Premier foi a falência e o navio ficou no aguardo de decisão judicial. Após o desfecho, o Rembrandt foi adquirido pela cidade holandesa de Rotterdam, voltando a ostentar esse nome. Hoje além de estar preservado, essa relíquia é uma das grandes atrações da bela cidade portuária holandesa.