Terça, 07 Janeiro 2025

Dias atrás pedi ao amigo Julio Augusto Rocha Paes, de São Paulo, para que me contasse mais uma vez como foi um divertido cruzeiro que fez a bordo do navio de passageiros Rosa da Fonseca na década de 1960.


Partida festiva no Porto de Santos de um cruzeiro do Rosa da
Fonseca. Na época, amigos e familiares podiam entrar na faixa do
cais, o que tornava às partidas mais alegres. 1968. Coleção do autor.

Paes gentilmente atendeu à minha solicitação e repasso aos amigos leitores o relato resumido da viagem.

Clique aqui para o relato de Julio Paes.


O belo cisne branco Rosa da Fonseca, fundeado no Porto do Rio de
Janeiro, no aguardo de atracação para mais uma viagem. Início da
década de 1970. Coleção do autor.

Para substituir antigos transatlânticos, a CNNC, no início de 1960, encomendou quatro transatlânticos de porte médio destinados à cabotagem brasileira, que levaram o nome de Rosa da Fonseca, Anna Nery, Princesa Isabel e Princesa Leopoldina, homenageando quatro mulheres que fazem parte da História do Brasil. Os dois primeiros foram construídos na antiga Iugoslávia; os dois últimos em estaleiros espanhóis. Eram gêmeos aos pares por país de construção.


O maior incentivador dos cruzeiros marítimos do Brasil, Aldo
Leone, na companhia de viajante do Rosa da Fonseca - 1964.
Foto: Agaxtur.

O Rosa da Fonseca media 180 metros de comprimento, deslocava 10.451 toneladas, tinha duas hélices, dois porões para carga geral, duas piscinas e transportava 540 passageiros. Em novembro de 1966 passou a integrar a frota do Lloyd Brasileiro. Foi vendido em 1975 para uma armadora que o revendeu para a OSK Lines. Em 1977, passou a ostentar no casco o nome Nippon Maru e fez cruzeiros pelo Extremo Oriente. Com o nome de Athirah, foi finalmente demolido em 1998.


Foto tirada no salão de jantar do Rosa da Fonseca, durante viagem
da Ponte Marítima Rio-Santos - 1966. Coleção do autor.

No livro Navios e Portos do Brasil, de autoria de João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo, um catálogo publicitário de 1970 aponta com todas as verdades o seguinte sobre o Rosa da Fonseca: “Festival de cruzeiros a bordo de um transatlântico brasileiro com conforto internacional. Luxuosa decoração interna, salão de festas, boate, bares, boutiques, capela, piscinas, amplos deques, dois salões de refeições e a cortesia de uma equipe especializada”.


Passageiros no Dolce farniente, numa das piscinas do Rosa da
Fonseca - 1964. Foto: Agaxtur


O elegante Rosa da Fonseca desatracando do cais santista para seguir viagem para o Rio de Janeiro (Ponte Marítima) - 1967. Col. do autor.

 
Os cisnes brancos Rosa da Fonseca, Anna Nery, Princesa Isabel e
Princesa Leopoldina vieram para subsituir a antiga frota da Companhia Nacional de Navegação Costeira (CNNC). A imagem é reprodução de
pintura óleo sobre tela do Itanagé, do shiplover e artista plástico
Antonio Giaccomeli.


Julio Augusto Rocha Paes, o grande privilegiado por fazer um
cruzeiro no Rosa da Fonseca em 1964. Foto da época.


Anos mais tarde, Julio Augusto a bordo do
Funchal na companhia de sua esposa Palmira.
Foto: J.A.R. Paes.
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