Terça, 07 Janeiro 2025

Este artigo é para que não nos esqueçamos que o Brasil foi o único país da América do Sul participante do maior conflito mundial da História: a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

* Um descaso com os heróis da FEB

Com relação à nossa participação, ela começou quando, nos dias 15 e 16 de agosto de agosto de 1942, há exatamente 68 anos, os cargueiros nacionais Baependi, Aníbal Benévolo, Araras, Araraquara e Itagiba foram atacados na costa brasileira por submarinos alemães. O Governo rompeu relações com os países do Eixo.

A única decisão diante da grave situação por parte do Governo de Getúlio Vargas foi inevitável. “É declarado estado de guerra em todo o território nacional”. Estes foram os termos do decreto assinado por Getúlio, no dia 31 de agosto de 1942.


O transatlântico Bagé do Lloyd Brasileiro (ex-Sierra Nevada) foi uma
das vitimas dos submarinos germânicos. Foi torpedeado em julho de
1943 pelo U-185. Coleção do autor.

Os navios brasileiros torpedeados viajavam com objetivos comerciais, pacíficos e desarmados, quando atacados e afundados.

Somente três anos após o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil entrou no conflito internacional deflagrado em setembro de 1939.

Com o rompimento de relações diplomáticas com as nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), o Brasil encampou as companhias aéreas Lati (italiana) e Condor (alemã), além de 16 navios atracados em portos brasileiros, dentre eles os famosos Windhuk de bandeira alemã e Conte Grande, italiano.


Foto de um submarino alemão U - Boat sobreviente da Segunda
Guerra Mundial, que tanto apavorou a costa brasileira. Reprodução.

A entrada do Brasil na guerra fez o Governo criar a Força Expediconária Brasileira, a FEB, em 15 de março de 1943.

O primeiro escalão da FEB embarcou em 02 de julho de 1944. O último e quinto escalão partiu em 08 de fevereiro de 1944. O total de homens mobilizados foi de 25 mil.

O nosso batismo de fogo na Itália foi no dia 16 de setembro de 1944, quando o primeiro e o segundo Batalhão do sexto Regimento de Infantaria tomaram Massaroca. A partir daí, várias foram as vitórias brasileiras, o que tornou gloriosa a campanha da FEB e dos nossos pracinhas, esquecidos no passar dos anos.


A cobra fumando, o emblema da
FEB. Era costume dizer que a cobra
estava fumando quando os
pracinhas estavam em combate.
Reprodução

Navios torpedeados pelos submarinos corsários alemães das armadoras Lloyd Brasileiro, Lloyd Nacional, Companhia Nacional de Navegação Costeira. C. C Riograndense, Ca. Cab. Pernanb, P Brando LNSA: Buarque, Olinda, Arabutã, Cairu, Cabedelo, Parnaíba, Cte. Lira, Gonçalves Dias, Alegrete, Pedrinhas, Tamandaré, Barbacena, Piave, Baependi, Aníbal Benévolo, Ararquara, Itagiba e Arara. Vidas perdidas no mar: 740.

Existe uma homenagem a Força Expedicionária Brasileira, a Praça FEB, que fica num lugar afastado da Cidade, só visto pelos moradores locais, sendo assim desconhecida por patê da grande maioria dos santistas, pois não é passagem para lugar nenhum. Essa homenagem deveria ser num local mais nobre da Cidade de Santos, afinal das contas 320 santistas fizeram parte dos diversos escalões que participaram do teatro de operações da Itália.


Cartaz da FAB, mostrando um de
seus aviões acertando o alvo: um
submarino corsário alemão.
Reprodução.

Ainda mais: essa homenagem deveria ser estendida a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira, que defenderam as nossas costas, participaram de inúmeros comboios, escoltaram navios da força de transportes estadunidense que levaram à Europa os escalões de pracinhas, patrulharam várias áreas e combateram nos céus da Itália, tudo com muito heroísmo.

A Cidade de Santos poderia, através de seus políticos, erguer um honroso e pequeno monumento homenageando as nossas três forças armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica, como forma de reconhecimento por esses feitos heróicos. Mas em lugar nobre, como exemplo: Jardins das praias. Diga-se de passagem existem várias cidades brasileiras que já ostentam essa honraria aos nossos heróis.


Pracinhas brasileiros sendo recepcionados pela população
em Massaroca - Itália. Reprodução.

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