Na década de 1970, o turismo no mar começou a despontar, isto é, houve grande interesse por parte das pessoas que apreciavam viagens terrestres em detrimento dos cruzeiros. Surgiu assim o turismo marítimo em grande escala, que veio para ficar.
O belíssimo Marco Polo, ex-paquete soviético de estilo cássico,
atualmente operado pela alemã Transocean, aqui visto no maravilhoso Fiorde da Noruega. Col. Dimas Almada, Madeira-Portugal.
Essa situação transformou antigos navios de passageiros em verdadeiros hotéis flutuantes com centros de lazer, que navegavam por locais exóticos e paradisíacos com duração máxima de 10 dias. Tudo isso por um preço médio diário de US$ 80,00 (tudo incluso), e até menos.
Assim, navios concebidos para viagens regulares foram reformados e convertidos para navios de cruzeiros. Como exemplo é citado navios que ficaram conhecidos dos brasileiros, como o Funchal, Rembrandt e o mais lembrado de todos o Eugenio Costa.
O inesquecível Funchal, atracado no Porto de Santos. Ao fundo, o
Monte Serrat, mirante da Cidade. O navio possui convéses externos,
que dão ao viajante a sensação de liberdade, além de dar uma visão
do mar. Foto: Edson Lima Lucas, Rio de Janeiro.
Esses navios tinham conveses corridos, também conhecidos por promenade, que davam para o mar de ambos os bordos (lados) , dando ao viajante um grande sensação de liberdade e bem estar. Os que viajaram nesses navios sabem bem como eram esses espaços externos dos transatlânticos.
Nos modernos transatlânticos, os espaços comuns internos, como restaurantes, bares, cassinos, salões, piscinas, discotecas e tudo mais do centro de lazer estão melhores distribuídos dos que nos antigos, mas em detrimento dessas comodidades perderam os conveses externos.
O clássico Mona Lisa, que já esteve na cidade de Santos e em
vários portos do Brasil. Col. Dimas Almada, Madeira-Portugal.
Ainda bem que ainda navegam alguns navios de passageiros modificados para cruzeiros, que milagrosamente escaparam dos vis maçaricos dos estaleiros sucateiros, e ainda proporcionam momentos inesquecíveis aos que neles ainda viajam, como é o caso do Funchal, Marco Polo, Mona Lisa e outros heróicos sobreviventes que concorrem com muita dignidade com os megatransatlânticos construídos especialmente para o fim a que se destinam: Cruzeiros.
Para exprimir a diferença entre navios convertidos e os mais recentes cruzeiros, aqui são repassados trechos de comentários feitos no artigo Uma Viagem Fascinante no Evangeline, feito pelos amigos Antonio Giacomelli, João Emilio Gerodetti e Rubens Augusto Rocha Paes. Leia os comentários clicando aqui.
O moderno e elegante Seven Seas Navigator. Suas linhas não têm compromisso com as dos navios de passageiros, pois só há um espaço
a céu aberto, o Deck Lido. Nos bordos possui cabines externas com
varandas e um deck para botes salva-vidas. Col. Dimas Almada,
Madeira-Portugal.
Existem passageiros que preferem fazer seus cruzeiros
anuais em navios antigos, no estilo Marco Polo. Col. Dimas
Almada, Madeira- Portugal.
Nos modernos transatlânticos de cruzeiros, os espaços internos
destinados às áreas comuns se tornam um verdadeiro shopping
center forçado. Lá fica tudo o que o passageiro precisa: bares, lojas, cassinos, discotecas e tudo mais. Cartão Postal do navio AIDAcara.
Col. L.Giraud
O megatransatlântico Oasis of the Seas da armadora Royal Caribbean Cruises Ltda., que mede 361 metros de comprlimento, 66 metros de
largura e garante deslocamento de 225.000 toneladas. Com
capacidade máxima para 6.360 cruzeiristas, possui 2.704 cabines para passageiros e 1.181 para tripulantes. Entregue em 2009, mostra o
grande diferencial entre os navios antigos e modernos.
Coleção do autor.