Quarta, 08 Janeiro 2025

Américo Vespúcio, que inspirou o nome do veleiro-escola da Marinha da Itália, nasceu em Florença, em 1545. Era empregado do Banco de Lorenzo de Médici. Em 1494 foi mandado para Sevilha, onde conheceu Cristóvão Colombo.


O veleiro-escola Amerigo Vespucci, da Marinha da Itália,
navegando com as velas enfurnadas. Um verdadeiro espetáculo
para quem assiste a sua passagem. Acervo do autor.

Vespúcio foi atraído pelas explorações marítimas realizadas pelos navegadores da Península Ibérica. Não se sabe quantas viagens fez, mas com certeza estava a bordo de um dos navios sob o comando de Alonzo de Ojeda, entre 1499 e 1501.

Em 1501, Vespúcio comandou uma expedição portuguesa que explorou a costa atlântica da América do Sul., da Guiana à Patagônia.

A viagem recebeu grande aclamação e convenceu todos os cientistas e o próprio Vespúcio de que a costa que tinha explorado, de enorme comprimento, não era parte da Ásia, mas de um Novo Mundo.


A bela nave projetada pelo comandante
e engenheiro naval Francesco Rotundi,
atracada na encantadora Veneza.
Acervo do autor.

Por isso, o geógrafo alemão Martin Waldsemuller, voltando a publicar em 1507 o Quater Americi Navigationes, propôs que a terra recém descoberta fosse chamada, em sua homenagem, de “América”.

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O veleiro-escola Amerigo Vespucci, um dos mais belos do mundo, serve à Marinha da Itália há 79 anos, na educação naval e marítima dos aspirantes (cadetes) da Academia Naval e na formação de mestres.


O cartão-postal da pintura óleo sobre tela, mosta o Amerigo Vespucci, passando pelas proximidades do transatlântico italino Costa Romantica. Acervo do autor.

O navio-escola Amerigo Vespucci participa anualmente de cruzeiros de instrução de longa duração, de 3 a 5 meses passando por vários países. O Brasil foi visitado em 1952, o belo veleiro esteve na ocasião nos principais portos do Brasil. A Cidade de Santos também foi brindada  com sua escala. Os práticos foram Carlos Stein e Aquiles Tacão. Há fotos tiradas pelo grande fotógrafo José Dias Herrera, durante a honrosa visita em que houve recepção aos aspirantes e oficiais na Sociedade Italiana de Santos, que ficava onde  hoje é a sede do Sindicato dos Estivadores, bairro do Paquetá. Um dos presentes foi Ezio Begotti, que no próximo 20de julho estará completando 89 anos.

De 1882 até 1907, a Marinha italiana reservava para as viagens de treinamento, fragatas a vapor, corvetas, navios de transporte e cruzadores. A partir de 1911, em vários navios, inclusive nos antigos veleiros Vespucci e Gioia. Em 1925 já envelhecidos e ameaçados de sucateamento, decidiu-se construir dois veleiros idênticos para treinamentos., que foram o Cristoforo Colombo e o Amerigo Vespucci, equipados com propulsor mecânico e acomodações modernas.


Os aspirantes (cadetes) da Marinha da Italia não treinam somente
em veleiro, mas também em outros tipos de navios de combate, como
os que vemos no postal com o texto de uma oração. Acervo do autor.

O Cristoforo Colombo e o Amerigo Vespucci entraram em serviço em 1928 e 1931 respectivamente. Após a Segunda Guerra Mundial, o tratado de paz impôs que o Cristoforo Colombo fosse transferido para a União Soviética como indenização de guerra.

O Amerigo Vespucci foi projetado pelo engenheiro naval Francesco Rotundi. Foi construído e armado no antigo Estaleiro Real em Castellammare Di Stabia. O navio é do tipo de 3 cobertas., mede 101 metros de comprimento e boca de 15,5 metros, e desloca 4.700 toneladas. O veleiro está entre os mais belos do mundo, e participa  das principais paradas navais do mundo.

Este artigo homenageia a grande e laboriosa comunidade italiana no Brasil, o jovem cônsul da Itália em Santos André Lettieri e os amigos descendentes: José Carlos Rossini,  João Emílio Gerodetti, Ezio Begottti, Otávio Grottone e Antonio Giacomelli.


O A. Vespucci, navio de 3 mastros, mede 101 metros de comprimento, entrou em serviço em 1931. Aqui visto no porto de Livorno-Itália.
Acervo do autor.


Um dos homenageados, Ezio Begotti (89 anos), descendente de
italianos, hoje aposentado, dedicou muitos anos à navegação santista,
onde atuou na agência Transatlantic Carriers Afretamentos Ltda.
Acervo do autor.

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