Terça, 07 Janeiro 2025

Na semana que passou aconteceram vários eventos comemorativos à Semana da Marinha promovidos pela Capitania dos Portos de São Paulo e a Sociedade Amigos da Marinha (Soamar), que com muito brilho comemorou seu 37º aniversário.


Pintura óleo sobre tela do retrato
do Almirante Tamandaré
(13/12/1807 - 20/03/1897), 
Patrono da Marinha.
Imagem: Soamar-Santos

Para a grande celebração foram realizados os seguintes eventos: Regata Marinha do Brasil, Solenidade Militar alusiva ao Dia do Marinheiro, Aposição Floral no busto do Almirante Tamandaré, e jantar dançante comemorativo ao Dia do Marinheiro. Este último realizado na sexta-feira - 11 de dezembro, nas dependências do Iate Clube de Santos.

No domingo, houve visitação aos navios que vieram participar das festividades na região, o destaque ficou para o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) Almirante Sabóia, incorporado à Marinha do Brasil, em 21 e maio do ano em curso.


Emblemas da Marinha do Brasil, Capitania dos Portos de
São Paulo e da Sociedade Amigos da Marinha.
Imagem: Soamar-Santos

Através deste artigo, a coluna Recordar do PortoGente não poderia deixar de homenagear a Marinha do Brasil e a Soamar-Santos, por meio de um presente do passado, ou seja, antigos cartões-postais que ilustram nossos marinheiros em fainas no mar, e de antigas belonaves, que garbosamente levaram a Bandeira do Brasil, aos quatro cantos do mundo, tornando assim o nosso País mais conhecido perante outras nações.


Maximiliano da Fonseca (06/11/
1916 - 09/04/1998). Foi patrono da
Soamar e Ministro da Marinha.
Imagem: Soamar

Abaixo texto sucinto, sobre o notável desempenho do Almirante Tamandaré, o Patrono da Marinha do Brasil.

Dia do Marinheiro
A data de 13 de dezembro, aniversário do nascimento do Almirante Marquês de Tamandaré foi instituída como Dia do Marinheiro, por Aviso Ministerial do ano de 1925.


Timoneiro junto a roda do leme de
um dos navios-veleiros da Marinha do
Brasil - Semana da Marinha - 7 a 13 de
dezembro de 1954. Acervo: L.J. Giraud

Nesse dia a Marinha rende ao insigne Tamandaré, figura de maior destaque dentre os ilustres oficiais que honraram e elevaram a sua classe, as homenagens reclamadas pelos seus inestimáveis serviços á liberdade e união dos brasileiros. Nascido em 1807 na cidade de Rio Grande, Joaquim Marques Lisboa em 1823 é voluntário e embarca na fragata Niterói que atinge as costas de Portugal nas lutas pela Independência.

Em 1824 combate os rebeldes pernambucanos da Confederação do Equador, embarcado na nau Pedro I. Com apenas 19 anos, no posto de 2º Tenente, recebe o comando da escuna Constança e participa das lutas da Cisplatina. Em março de 1827 cai prisioneiro na Patagônia, escapando ao inimigo em agosto do mesmo ano.


Sinal de bandeiras (semáforas) feito por um marinheiro ao cruzador amandaré.  Semana da Marinha de 1954. Acervo: L. J. Giraud.

Em 1831 participa do combate á revolta em Pernambuco, no comando da escuna Rio da Prata. Em 1839, na Bahia, participa da campanha legalista contra Sabinada. Em 1839 é nomeado comandante do brigue Três de Maio e das forças estacionadas na Província do Maranhão, contra a rebelião da Balaiada. Em 1848, no comando do vapor Afonso, presta socorro á embarcação Ocean Monarch, com incêndio a bordo, nas proximidades da cidade de Liverpool, salvando 160 pessoas. Recebe do governo inglês, pelo comportamento humanitário, um cronômetro de ouro.

Em 1859, no posto de Vice-Almirante é nomeado Comandante-em-Chefe da Esquadra que escoltou Suas Majestades Imperiais na vigem ás Províncias do Norte do Império. Em 1864, já com tíulo de Barão de Tamandaré, comanda as forças navais do Rio da Prata e com seu pavilhão arvorado a bordo da corveta a vapor Niterói efetua o cerco e a tomada de Paissandu. Em 1865 comanda as forças navais brasileiras e da Tríplice Aliança na Guerra do Paraguai. Neste ano é elevado ao título de Visconde de Tamandaré. Em 1866 deixa o Comandante-em-Chefe da Esquadra em Operações em Curuzu regressando ao Brasil.


Cartão-postal do cruzador Tamandaré - C-12, o terceiro navio a
ostentar esse nome em homenagem ao Almirante Tamandaré.
Foi incorporado na Marinha do Brasil em 1952 e descomissionado
em 1974. Acervo: L. J. Giraud

Em 1897 no dia 20 de março, com título de Marquês de Tamandaré, falece na cidade do Rio de Janeiro, o Patrono da Marinha. 

Fica aqui os parabéns da Recordar do PortoGente a Marinha do Brasil e a Soamar-Santos, nas pessoas dos Srs. Capitão-de-mar-e-guerra Antonio Sérgio Caiado de Alencar, Capitão dos Portos do Estado de São Paulo, e João Cândido Bala, presidente da Soamar.


O cruzador Bahia, construído na Inglaterra em 1908, fez parte da
famosa Esquadra de 1910, juntamente com os encouraçados São
Paulo e Minas Gerais. Foi a pique durante a Segunda Guerra Mundial.
Acervo: L. J. Giraud


O segundo cruzador Tamandaré, foi lançado ao mar em 1894,
tinha 95,2 metros de comprimento. Cartão-postal datado de 1908.
Acervo: L. J. Giraud.


Cartão-Postal de 1945, exibindo navios construídos no Arsenal
da Marinha do Rio de Janeiro. Acervo: L. J. Giraud


Imagem do famoso encouraçado São Paulo, um dos navios mais
poderosos da sua época. Fez parte da famosa Esquadra de 1910.
Serviu até 1951.  Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu como
fortaleza flutuante no porto de Salvador. Acervo: L. J. Giraud.


Cartão-Postal publicitário do N. E. Almirante Saldanha, um dos mais
belos veleiros que a Marinha do Brasil possuiu. Incorporado em 1934,
em 1960 foi desmastreado, e passou a ser navio hidrográfico.
Acervo: L. J. Giraud.

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