Segunda, 06 Janeiro 2025

Este artigo recorda, rapidamente, a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e o desempenho honroso da FEB – Força Expedicionária Brasileira no Teatro de Operações da Itália. Por sinal, recebedora de grandes elogios por parte dos chefes militares das nações aliados.

* Um descaso com os heróis da FEB

É bom lembrar que a única nação sul-americana a participar do maior conflito de todos os tempos foi o Brasil, por razões causadas pelo afundamento de vários navios da nossa marinha mercante, por parte de submarinos germânicos.

De Santos e cidades irmãs, participaram 320 pracinhas, com eram chamados os nossos combatentes.

O Brasil foi à Guerra, e retornou como um outro Brasil. O que é hoje está profundamente marcado por sua participação no pior conflito da história da humanidade. 

Acredita-se que dos mais de 25.000 pracinhas integrantes da FEB, ainda vivem pouco mais de mil ex-combatentes.

E o que sabe a nossa juventude sobre a nossa contribuição para a vitória de 08 de maio de 1945? Por que surgiu a FEB? Para quê? Quem eram os pracinhas e o que fizeram por todos nós? Poucos sabem.

Existem distribuídos pelo Brasil, cerca de 200 monumentos erguidos à FEB. A maioria está nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. 

Será que depois dessas colocações, o monumento que homenageia a FEB, na Zona Noroeste da Cidade, não poderia ser transferido para um local nobre da Cidade, para que todos possam vê-lo? O local é distante, e só os que lá residem podem observá-lo.

Pela grandeza que foi a FEB, pedimos às autoridades municipais que transfiram aquela homenagem, um simples pedestal, para os jardins das praias de Santos, para que todos os cidadãos possam ver e se orgulhar do heroísmo de nossos pracinhas, que nada ficaram devendo aos soldados de outros países. Repetimos, com ênfase: fomos o único País da América do Sul a participar de combates na Europa. Viva a FEB!

HÁ 67 ANOS O BRASIL DECLARAVA GUERRA AO EIXO

 

Para que não nos esqueçamos, o torpedeamento de embarcações mercantes por submarinos alemães foi o detonador da decisão do Governo do Brasil

 

 

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O navio ‘Comandante Lira’ foi torpedeado próximo

ao litoral brasileiro no dia 18 de maio de 1942, pelo
submarino ‘Barbarigo’. (Reprodução do livro:

’’Bandeiras nos Oceanos - História do Lloyd

Brasileiro’’, de José Carlos Rossini)

 

Nos dias 15 e 16 de agosto de 1942, há 67 anos, os cargueiros nacionais ‘Baependi’, ‘Aníbal’, ‘Benévolo’, ‘Araras’, ‘Araraquara’ e ‘Itagiba’ foram atacados na costa brasileira por submarinos alemães. Primeiro o Governo rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo.

 

O passo seguinte era inevitável. “É declarado estado de guerra em todo o território nacional” – estes foram os termos do decreto assinado pelo então presidente, Getúlio Vargas, em 31 de agosto de 1942.

 

Somente três anos após o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil entrava no conflito internacional, deflagrado em setembro de 1939.

 

O ‘Cabedelo’ (ex-‘Prússia’), do Lloyd Brasileiro,

foi vítima dos implacáveis submarinos que

aterrorizavam os navios mercantes em fevereiro

de 1942. (Reprodução do livro: ’’Bandeiras nos

Oceanos - História do Lloyd Brasileiro’’, de José

Carlos Rossini)

 

Os navios brasileiros, na oportunidade, viajavam com objetivos comerciais, pacíficos e desarmados, quando atacados e afundados.

 

A maioria dos navios torpedeados pertenceu à maior armadora que o Brasil já teve, a estatal Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, criada em 1890 e extinta em 1997.

 

Entre eles, lembramos: o ‘Barbacena’, ‘Cabedelo’, ‘Alegrete’, ‘Comandante Lira’, ‘Cairu’ e ‘Gonçalves Dias’.

 

O ‘Parnahyba’ (ex-‘Alrich’), da armadora do Lloyd

Brasileiro, foi torpedeado pelo submarino alemão

em 1.º de maio de 1942. (Reprodução do livro:

’’Bandeiras dos Oceanos – Histórias do Lloyd

Brasileiro’’, de José Carlos Rossini)

 

Com o rompimento de relações diplomáticas com as nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) o Brasil encampou as companhias aéreas Lati (italiana) e Condor (alemã), além de 16 navios atracados em portos nacionais, entre eles os famosos Windhuk, de bandeira alemã, e Conte Grande, italiano, ambos encostados no cais santista.

 

FORÇA EXPEDICIONÁRIA 

A entrada do Brasil na guerra fez o Governo criar a Força Expedicionária Brasileira (FEB) em 15 de março de 1943. Seu comandante geral foi o General de Divisão João Batista Mascarenhas de Moraes, mais tarde, Marechal.

O primeiro escalão da FEB embarcou em 2 de julho de 1944. O último, o quinto escalão, partiu em 8 de fevereiro de 1945. O total de homens mobilizados foi de 25 mil.

 

O batismo de fogo dos expedicionários brasileiros na Itália foi em 16 de setembro de 1944, quando o 1.º e o 2.º Batalhão do 6.º Regimento de Infantaria tomaram Massarosa.

 

Várias foram as vitórias brasileiras, o que tornou gloriosa a campanha dos nossos - um tanto esquecidos - pracinhas. E utilizamos este espaço da Coluna Recordar do Porto Gente para prestar esta merecida e justa homenagem.

 

O ’’Baependy’’, da armadora Lloyd Brasileiro, foi torpedeado em

15 de agosto de 1942. (Reprodução do livro: ’’Bandeiras dos

Oceanos – Histórias do Lloyd Brasileiro’’, de José Carlos Rossini)

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