Sexta, 03 Mai 2024

escrito por Jeanine Fortuna Elias, da Let's Go Turismo

Estivemos em Amã, a capital da Jordânia, um país repleto de atrações históricas e culturais e garantia de paz no Oriente Médio, território dominado pelo radicalismo político e religoso. Como toda grande cidade cosmopolita, tem tráfego intenso - mas sem aquele stress dos grandes centros ocidentais - e uma população tranquila.

A impressão que o local deixa é que apesar de ser grande, seus habitantes mantêm hábitos antigos com um mix de ocidentalização, sem, contudo, perder suas raízes e crenças mulçumanas.

Fotos: Jeanine Fortuna Elias

Imagem de Petra, flutuando nas águas do Mar Morto e o mosaico da Igreja São Jorge

Os hotéis são modernos e contam com esquema de segurança avançado, assim como shoppings, mesquitas e outras atrações. Na maior parte desse locais é preciso passar por detectores de metal e raio-x de objetos, uma prática comum em todo mundo árabe, que vive em constante estado de alerta.

A Jordânia é um país pobre, que não possui uma renda per capita suficiente para se manter, vivendo de ajuda dos países ricos, principalmente dos Estados Unidos. Em contrapartida, o governo norte-americano mantém suas bases em posições estratégicas no País, bem no centro do Oriente Médio. Os habitantes são mulçumanos típicos, com muito respeito pelos turistas e orgulhosos das atrações ainda pouco exploradas do país. Bebidas alcoólicas são permitidas somente nos restaurantes turísticos e em hotéis, assim como acontece nos demais países árabes.

Em Amã, algumas mesquitas valem a visita, mas as edificações mais interessantes situam-se nos arredores, como o Castelo de Ajlun, construído na época das Cruzadas e de onde se tem uma bela vista da região. A cidadela de Jerash também vale a visita, pois está bem conservada e permite ver o hipódromo local, o caminho das bigas, a praça ovalada e o templo de Afrodite, entre outros.

Em Madaba, fomos conhecer a Igreja de São Jorge. Apesar dos mulçumanos não terem santos em sua religião e tampouco idolatrarem imagens, esta Igreja torna-se excessão por ter o mapa da Palestina em mosaico, uma beleza! De lá seguimos para o Monte Nebo, de onde se avista o Rio Jordão e o Mar Morto, tornando o local importante pois foi de lá que Moisés avistou a Terra Prometida que nunca chegou a conhecer.

O ponto alto da viagem sem dúvida é a cidade de Petra, uma das Sete Maravilhas do Mundo. Ela tornou-se famosa aos olhos do mundo pelo filme Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. A cidade é de uma beleza ímpar, toda edificada nas rochas cor de rosa, capital dos Nabateus, com templos, esculturas gigantes e oráculos. Sem dúvida um lugar que as pessoas deveriam conhecer. É impressionante notar como os povos antigos conseguiram construir a cidade e mante-la durante tanto tempo escondida e protegida dos inimigos. Comparo Petra à Capadócia pela sua importância e beleza fantástica.

Fotos: Jeanine Fortuna Elias

Pose com beduínos e guia em deserto e a beleza de Ajlun

Para descansar próximo a Petra nada como ficar hospedado em um dos muitos resorts à beira do Mar Morto. Cada entrada no Mar deve se estender por um período máximo de 20 minutos, devido à alta salinidade da água, além de ser recomendada uma espera de pelo menos 30 minutos até a próxima entrada. Do outro lado do Mar Morto avista-se Israel,  uma visão como se fosse do Rio a Niteroi, de fato muito interessante!

Os resorts são maravilhosos, com sistema de all inclusive, shows do ventre, músicas típicas e tudo que um hotel deste gabarito oferece, sem falar nos banhos de sal, esfoliação de lama do Mar Morto e todos os tratamentos que prometem prorrogar nossa juventude, mas mesmo que se não o fizerem são sensacionais como terapia corporal e psíquica.

O silêncio nesta região é total. As noites são estreladas e não há poluição, apenas o farfalhar das árvores se ouve. A maioria dos pacotes turísticos faz um bate e volta ao Mar Morto deixando as pessoas somente algumas horas em uma praia pública, onde não se tem a dimensão da beleza e sensação que uma estadia em resort provoca. Para mim foi uma experiência única e extremamente agradável poder usufruir de uma região tão diferente para nós.

Por fim, fomos ao Deserto de Wadi Rum, onde o filme Lawrence das Arábias foi filmado. No local, a paisagem lunar contrasta com os beduínos e seus camelos andando ao redor, com direito a fazer "esqui bunda" nas dunas do deserto e depois finalizar a visita em uma tenda tomando chá com os beduínos locais, apreciando as lojinhas de souvenirs que os mantém economicamente ativos.

A Jordânia é um destino que tem uma relação custo-benefício muito boa, um país com muito para se ver e com hotéis de primeira linha e tarifas moderadas. A população nativa ainda conserva a ingenuidade dos tempos antigos. As mulheres se vestem de preto e cuidam da casa e da família. É muito difícil encontrar uma delas trabalhando.

No Hotel Hyatt de Amã tivemos a oportunidade de assistir a uma cerimônia de casamento árabe. Na ocasião, nos explicaram que cabe ao marido dar um dote muito alto à família da noiva, arcar com a festa do casamento, adquirir o local da moradia e ainda dar para a noiva as joias que serão usadas na cerimônia. Nos países mulçumanos, ambos devem se casar puros e ao homem é permitido ter até três esposas – desde que ele possa sustentá-las e que não haja diferença de tratamento entre elas. Este hábito de manter mais de uma esposa está desaparecendo entre as gerações mais jovens, pois o custo é muito alto, então preferem arcar com uma família apenas.

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