Quinta, 02 Mai 2024

A arte do diálogo ou da discussão aplicada pelo filósofo grego Sócrates, também conhecida como dialética, levou-o a discutir a ética e o conhecimento. Ele defendia que a virtude seria equivalente ao conhecimento e o vício correspondia à ignorância.

 

Lá pelos idos dos séculos V e IV a.C., contemporâneos de Sócrates, havia um grupo de filósofos que chamava para si a profissão de ensinar a sabedoria e a habilidade e entre os quais se destacavam Protágoras (480 – 410 a.C.) e Górgias (485 – 380 a.C.). O primeiro (Protágoras) afirmava ser o homem a medida de todas as coisas e Górgias atribuía grande importância à linguagem.

 

Eram os sofistas, inicialmente conhecidos como sábios e depois como impostores. Os sofistas desenvolveram especialmente a retórica, a eloqüência e a gramática. O termo sofisma passou a ser entendido como argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. Sofismar significa hoje deturpar com sofismas, burlar sofismando, mas pode ser também raciocinar com sofismas ou até sofisticar.

 

Sócrates buscava o conhecimento genuíno e acusava os sofistas de se interessarem mais por serem vitoriosos em discussões do que por procurarem a verdade. Dizia que “sofisma” era o argumento formulado para induzir a erro.

 

Na questão da preservação do patrimônio cultural, mais discutida nos últimos dois séculos em que vivemos (séc. XX e XXI), o tombamento confundido com o congelamento é um sofisma. O tombamento é o instrumento legal para proteger o bem considerado de valor cultural. Porém, se não houver manutenção e a proposta de tornar o imóvel útil à sociedade, certamente o objeto se deteriorará.

 

Na verdade, tomba-se o patrimônio físico, mas o seu uso pode ser mutável, em função da própria dinâmica da sociedade. Não existe, portanto, a necessidade de obrigatoriamente ser mantido sempre o uso original ou “usos neutros” como museus ou centros culturais. Veja a lista dos bens tombados de Santos.

 

Também importa considerar a questão: o uso pode elitizar ou atrair a população para participar plenamente desse patrimônio, através de um novo uso.

 

A antiga estação da Sorocabana, à avenida Ana Costa nº 340, na cidade de Santos, foi restaurada para abrigar a Estação da Cidadania, um espaço destinado a diálogos e debates. A inauguração será na próxima sexta, dia 25 de agosto, às 18h. Aproveitando o período pré-eleições, o Comitê Santista de Combate à Corrupção Eleitoral, chamado de Comitê 9840, foi ativado e a partir do próximo dia 28 passará a funcionar na Estação.

     Foto: coleção Nilson Rodrigues

A Estação Ana Costa em vista aérea de1957. Quase todas as

edificações foram derrubadas para a construção de um hipermercado

e centro de convenções, em 2000, restando apenas a sede

 

Temas como saúde, educação, meio-ambiente, reforma política e metropolização serão debatidos e aguardam respostas dos candidatos da região à Câmara Federal e à Assembléia Legislativa. As propostas deverão ser entregues no período de 1º a 9 de setembro para serem publicadas nos saites do Fórum da Cidadania e e do Jornal A Tribuna.

Aproprie-se do seu espaço, vá à Estação, faça suas perguntas e depois analise as respostas. Dessa forma você tem mais chance de acertar no dia do voto. Ah, cuidado com os sofistas!

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