Quinta, 25 Abril 2024

1972-2012: 40 anos nos tempos de nossos avós

Algumas pessoas nascem artistas, outras médicas, outras cientistas, arquitetos, engenheiros, mas ainda outras surgem com o sangue de jornalistas. Poucos nascem como pesquisadores, colecionadores do ontem, “desdobrando-se no trabalho paciente, sério, cuidadoso, de ajudar a História a escrever a História. Este é o retrato de um velho amigo, companheiro de jornal até hoje, Olao Rodrigues, que assina a seção dominical Nos Tempos de Nossos Avós. Uma das mais procuradas em A Tribuna, repositório sentimental e histórico de Santos noutros tempos.”

Olao do Carmo Rodrigues
* 16/07/1907 + 14/12/1981

Em 1976, Olao Rodrigues era colega de trabalho de Carlos Henrique Klein. Foi este o autor do prefácio do livro de Olao. “Nos Tempos de Nossos Avós”, escrito como uma coletânea de temas apresentados desde o ano de 1972 aos domingos no jornal A Tribuna de Santos. Uma seleção das seções semanais transformou-se em livro.

Segundo o próprio Olao Rodrigues, então “... a coluna tornou-se bastante lida, sabemos, quer pelos que viveram também em outro tempo, saudosistas ou não, quer pelos da atual geração, sabido que a leitura de acontecimentos antigos cativa a curiosidade de gente velha e jovem.”

Uma edição especial dessa coluna foi publicada no Caderno Comemorativo do Sesquicentenário da Independência do Brasil (jornal A Tribuna) em 7 de setembro de 1972. Destacava interessantes características da cidade portuária àquela época.

Em 1822, ano em que o Brasil proclamou sua independência política, Santos ainda era uma Vila com modesta povoação e reduzida área ocupada. Segundo o recenseamento oficial, a população santista naquele período contava 4.781 habitantes, entre livres e escravos, sendo 22 o número de ruas, travessas e becos e 457 casas (nem todas ocupadas como moradias).

Foto: Novo Milênio

O colégio dos Jesuítas e a velha Matriz, em meados do século XVIII,
vistos pelo pincel do pintor-historiador Benedito Calixto

Multiplicavam-se os edifícios com função religiosa (registrados como templos): Igreja Matriz, Convento e Igreja do Carmo, Igreja da Misericórdia, Igreja do Rosário, Convento de São Francisco (hoje Igreja de Santo Antônio do Valongo), Convento de São Bento, Igreja de São Francisco de Paula, Igreja de Santa Catarina, Capela do Carvalho (Jesus, Maria, José) e Capela da Graça.

Olao Rodrigues lembra (no capítulo “Templos”) que o antigo prédio da Matriz do século XVIII foi demolido logo depois do ato de assinatura do acordo entre o Bispado de São Paulo e a Câmara Municipal de Santos, em 24 de dezembro de 1907. O documento mandava incorporar o prédio arruinado ao patrimônio municipal, mediante a quantia de 200 contos de réis. No local reurbanizado formou-se a atual Praça da República.

Foto: Novo Milênio

Praça da República após a inauguração do monumento a Braz Cubas
em 1908, aqui visto ao centro. Ao fundo, a igreja do Carmo e à
direita a antiga edificação do Conselho Municipal e Cadeia. Publicada
em Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa
na Inglaterra por Lloyd’s Greater Britain Publishing Company

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