Quinta, 28 Março 2024

Pare o mundo
Que eu quero descer
Que eu não aguento mais
Ouvir falar
Na crise da gasolina
Que já vai aumentar outra vez...

E pensar que a poluição
Contaminou até as lágrimas
E eu não consigo mais chorar
E ainda por cima...

Tem que pagar prá nascer
Tem que pagar prá viver
Tem que pagar prá morrer...(2x)

(Trecho de “Pare o Mundo Que eu Quero Descer”, Silvio Brito)

Foto: onortao.com.br

O Rio de Janeiro recebe de braços abertos a Rio+20

Na semana anterior, abordamos a “apoteose global” na cidade do Rio de Janeiro. Numa representação teatral, apoteose é o quadro final em que costuma tomar parte toda a companhia e onde a riqueza da montagem e dos efeitos luminotécnicos e sonoros visam à produção do clímax emocional dos espectadores.

Na Rio+20, do “Rascunho Zero” para “O Futuro que Queremos” existe um mundo de diferentes opiniões, desejos e ambições.

Futuro: o que está para ser ou acontecer; o que há de suceder depois do presente.

Presente: o que existe ou sucede no momento em que se fala; atual; que está a ponto de se realizar; iminente.

Querer: almejar, ambicionar, desejar; o ato de querer mostra decisão; exprime o ato psicológico e formal da vontade.

Um presente também pode ser “de grego”, o tipo de oferenda ou legado que prejudica o contemplado, aquele que recebe. Diversos grupos sociais e ambientais já alertavam na semana passada que o Rascunho Zero não apresentava compromissos novos. Chegou sem objetivos e cronograma, e que seria improvável reforçá-lo no documento final, quando chefes de Estado e governo concordassem com o texto.

“A Rio+20 passará para a história como uma conferência da ONU que ofereceu à sociedade mundial um texto marcado por graves omissões que comprometem a preservação e a capacidade de recuperação socioambiental do planeta”, destaca a carta escrita por 50 personalidades da área socioambiental e de outros setores de diferentes países.

Para a presidente Dilma Rousseff, a declaração final “é um ponto de partida, e não de chegada”, sugerindo que os países devem refinar seus esforços pelo desenvolvimento sustentável daqui para frente.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Presidente Dilma e autoridades da ONU no encerramento da Rio 20

O documento dos chefes de Estado e Governo reafirma compromissos assumidos na ECO-92 e em Cúpulas anteriores e prevê a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Entretanto, este conjunto de ações deverá ser implementado apenas a partir de 2015. Até lá, não se esperam medidas objetivas para a erradicação da pobreza ou ao aumento da oferta de energia limpa para todos. Pois é, faltou definir exatamente os tais ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e como eles poderiam ser colocados em prática.

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