Sexta, 19 Abril 2024

O professor e cientista Aziz Nacib Ab’Saber (falecido em 16 de março), considerado o principal geomorfologista do país e referência mundial nos assuntos relacionados à geografia, chegou a proferir severas críticas ao novo Código Florestal que ainda poderá outra vez tramitar no Congresso Nacional.

Quando foi homenageado no ano de 2010, na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o professor defendeu que a verdadeira contribuição da ciência para a humanidade deveria ser buscar formas de preservar a natureza e declarou: “A nossa inovação sempre vai ser na proteção do que a natureza faz”.

Foto: www.guiadosportosbrasil.com 

Porto de Natal, Rio Grande do Norte

Aquela reunião da SBPC, realizada há dois anos, no campus da Universidade do Rio Grande do Norte (UFRN), na cidade portuária de Natal, teve como tema central "Ciências do mar: herança para o futuro". As reuniões costumam ser anuais, sendo realizadas a cada ano em um Estado brasileiro. O tema da reunião anterior (Manaus, 2009) foi dedicado à Amazônia. No ano de 2011, em Goiânia (GO), o tema central destacou o “Cerrado: água, alimento e energia”.

A 64ª Reunião Anual com o tema “Sociedade e Agricultura Familiar” está programada para os próximos dias 22 a 27 de julho, em São Luís, a capital do Maranhão. O assunto vem ao encontro do longo debate sobre o novo Código Florestal.

José Antonio Aleixo, coordenador do grupo de trabalho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), que estuda a legislação das florestas, proferiu palestra (dia 23 de maio) na reunião regional preparatória. Numa abordagem histórica sobre o Código Florestal no Brasil, o cientista desmistificou as críticas de que ciência e tecnologia não eram contempladas nos códigos anteriores.

O primeiro Código Florestal, criado em 1934, no governo Getúlio Vargas, foi comandado indiretamente por Edmundo Navarro de Andrade, o maior silvicultor do País da época. “Essa história que se prega por aí de que os códigos florestais antigos não tinham ciência, é conversa para boi dormir. Tinha ciência e tecnologia, sim, embora as disponíveis para aquele momento. E a ciência e a tecnologia evoluíram muito nessas últimas oito décadas”.

Foto: Eduardo Knapp/Folha Imagem

Cerca de 93% da formação original da Mata Atlântica já foi
devastada, restando apenas 90.438 km2 (7%) de sua área original

Ao longo da costa do litoral do Brasil, desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, ocorre o bioma denominado de Mata Atlântica. Na última semana, diversas atividades foram realizadas para celebrar o remanescente deste amplo conjunto de ecossistemas. No município de Praia Grande, o comandante da Fortaleza de Itaipu, coronel do Exército Gílson Passos Oliveira, ressaltou a preservação da Mata Atlântica na Cidade. "O Exército está nesse pedaço da Mata Atlântica desde 1902 e nos orgulha quando nossos visitantes se deslumbram com a preservação dessa região nativa. Pois um de nossos objetivos é passar despercebido pela natureza, sem deixar rastros ou vestígios de nossa presença".

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