Sexta, 03 Mai 2024

Na semana passada, você lembrou de comemorar a chegada da primavera?

 

Temos alguns motivos para celebrar. Quase junto com a entrada da nova estação, a Codesp (finalmente depois de dois meses de suspense com a DTA Engenharia) entregou à Cetesb a revisão do relatório do monitoramento ambiental da dragagem do Porto de Santos. Se não forem identificadas novas inconsistências nos dados, os empresários preocupados com o assoreamento do canal poderão ficar um pouco mais aliviados.

 

O diretor superintendente da Ultracargo (empresa que irá operar os tanques de produtos químicos do Terminal Intermodal de Santos), na Alemoa, Eduardo Toledo, está entre aqueles que revelam grande preocupação. A profundidade de projeto do porto na Alemoa é de 12 metros, mas atualmente está com 8,90 metros. Ele informa que os navios deixam o cais santista com parte de sua capacidade ocupada e migram para outros portos para completar o embarque.

 

Entretanto, os serviços de retirada da lama do fundo do canal de navegação ainda não serão reiniciados, pois os dez volumes (1000 páginas) apresentados pela empresa DTA Engenharia vão merecer pelo menos 15 dias de apreciação do órgão estadual responsável. A esperança é que, logo no início de outubro, as imediações da Ilha da Moela (ou outro local indicado) possam voltar a receber o material dragado.

 

A Autoridade Portuária informou que o relatório avalia itens como o material em suspensão no mar (chamado de pluma), o nível de poluição do material dragado (biomonitorado por ostras), a qualidade das águas de coluna e de fundo, a qualidade dos sedimentos e das comunidades agregadas sobre o fundo do mar, dos costões rochosos e das comunidades enterradas no fundo do estuário.

 

Ainda na linha da preservação do meio ambiente, no último dia 21, “Dia da Árvore”, foi assinado pelo Executivo de Santos o decreto nº 4463, que estabelece procedimentos de controle ambiental, relacionados ao uso de produtos e subprodutos de madeira de origem nativa em obras e serviços de engenharia, contratados ou realizados pela Prefeitura Municipal de Santos e autarquias municipais.

 

A medida legal veio acompanhada de um compromisso da Prefeitura em não utilizar madeira ilegal (especialmente da Amazônia) e visa incrementar o mercado para a madeira produzida de forma sustentável. Este tema integra o programa de desenvolvimento idealizado pela organização não-governamental “Greenpeace”, que enviou membros para participar da oficialização no Paço Municipal de Santos.

 

Frank Guggeheim, diretor do “Greenpeace” no Brasil, esclarece que 70% da madeira desmatada no Brasil é consumida dentro do próprio país e um terço deste montante acaba sendo utilizado em obras públicas. Acredita-se que a  iniciativa de Santos vai incentivar outras cidades e até empresas privadas a não comprarem madeiras de origem ilegal, que também geram evasão tributária e exploração do trabalhador.

 

Agora a cidade do maior porto da América Latina é também “Cidade Amiga da Amazônia”.

 


Fotos de: Du Zuppani (fotógrafo reconhecido mundialmente
por suas

fotos que retratam a natureza).

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