Sexta, 03 Mai 2024

O ser precede a essência, dizia Jean Paul Sartre, o filósofo francês, que semelhantemente ao outro filósofo, o dinamarquês Sören Kierkegaard, defendeu o Existencialismo. Além de filósofo, foi novelista, teatrólogo e escritor e viveu, durante 50 anos, ao lado de Simone de Beauvoir, defendendo a liberdade de fazer escolhas.

 

A professora de Filosofia e Antropologia da UniSantos, pesquisadora de Sartre, Márcia Maria Rodrigues Semanov, explica que ele acreditava que cabe à pessoa o direito de escolher o que deseja para si e qual atitude ter diante das situações que a vida oferece. O filósofo também pregava a liberdade, o engajamento e a responsabilidade social.

 

No início da década de 40, Sartre foi prisioneiro dos alemães em campo de concentração e, mesmo diante do perigo da morte, sabia que estava livre para criar opções. Acreditava que o sentido da vida se encontra na vontade de querer fazer coisas, mesmo que nem tudo aconteça como o planejado.

 

      

Foto-montagem, contemporizando um dos afrescos pintados por Michelangelo Buonarroti no teto da Capela Sistina - "A Criação de Adão".

 

A atual crise política, que não é só brasileira, pode ser resultado da falência de posições ideológicas já centenárias. Fascismo, nazismo, socialismo, comunismo, capitalismo, sectarismos e outros “ismos” têm apontado para resultados pouco satisfatórios. Enormes desigualdades sociais, registradas no relatório do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) apontam o nosso país como o 8º do mundo em desigualdade social.

 

Segundo D. Bertrand de Orleans e Bragança, “príncipe imperial do Brasil”, governar não é fundamentalmente administrar uma empresa nacional, mas sim, antes de tudo, orientar a Nação, subsidiar escolhas.

 

Ele ressalta que, dentre os dez países mais desenvolvidos do mundo, sete são monarquias, tais como Bélgica, Holanda, Noruega, Suécia, Irlanda, Austrália e Canadá. Estes países também possuem portos que se destacam na economia mundial, como os belgas (vide matéria).

 

O príncipe considera que um dos problemas do Brasil é que os empresários estão muito presos ao governo. Outro problema é a inversão da pirâmide institucional. Esclarece que o sistema funciona bem quando a base está bem estruturada, sendo que as famílias são a sustentação da pirâmide, seguidas dos municípios, estados e União (no topo). Entretanto, com um sistema embasado na União, com menos força e estrutura para os estados e municípios e, ainda pior, com famílias desestruturadas, a tendência é a crise.

 

Não queremos aqui defender a monarquia. Trata-se de lançar em foco uma questão que vai do existencialismo do ser à governabilidade do Brasil, passando pela administração e desenvolvimento dos portos e  das cidades portuárias.

 

Este tema acaba caindo na discussão da regionalização do Porto de Santos. O Governo Federal deixa claro que não pretende transferir a gestão portuária ao controle do Governo Estadual. Fica o problema para a sociedade portuária e suas instituições como o CAP (Conselho de Administração Portuária), o Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista) e a ABMP (Associação Brasileira de Municípios Portuários) encontrar e propor soluções.
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