Sexta, 29 Março 2024

Foto: Extra - Globo.com

Monte Pascoal visto em perspectiva semelhante avistada
pelos descobridores do Brasil no tempo de Cabral

Na terça-feira à tarde, foram os grandes emaranhados de “ervas compridas a que os mareantes dão o nome de rabo-de-asno”. Surgiram flutuando ao lado das naus e sumiram no horizonte. Na quarta-feira pela manhã, o vôo dos fura-buchos – uma espécie de gaivota – rompeu o silêncio dos mares e dos céus, reafirmando a certeza de que a terra se encontrava próxima. Ao entardecer, silhuetados contra o fulgor do crepúsculo, delinearam-se os contornos arredondados de “um grande monte”, cercado por terras planas, vestidas de um arvoredo denso e majestoso.


História do Brasil -Por Mares Nunca Dantes Navegados

Contando centenas de anos, de aniversários em aniversários, passamos pelos 466 anos de Santos (Vila que virou Cidade), pelos 120 anos do Porto Organizado de Santos, pelo primeiro centenário do Santos Futebol Clube e, mais recentemente, pelos 512 anos do Brasil.

Vamos hoje a uma pequena dose de história geral. Índias, até o século XVI, era o nome dado vagamente a toda a região sudeste do continente asiático. Há centenas de anos, judeus, cristãos e muçulmanos fazem peregrinações para aquela região, mais especificamente a Jerusalém, com o intuito de venerar os Lugares Santos de suas respectivas religiões. A mesma rota usada pelos peregrinos era também a rota dos mercadores da Era das Navegações.

Muitos viajantes dirigiam-se para Roma (Itália), afinal, quem tem boca chega a Roma, certo?  De lá, ou melhor, de algum porto italiano, partiam para Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino e, depois para a Palestina. A maioria, principalmente os menos favorecidos, caminhava vários quilômetros.

Quero ressaltar que não partiu da autora desta coluna a tese de que já naquela época o oportunismo seria dominante. Alguns historiadores sustentam a hipótese de que o navegador Pedro Álvares Cabral havia recebido orientações secretas de navegar mais a Oeste a fim de encontrar terras a serem reclamadas pela Coroa Portuguesa com base no Tratado de Tordesilhas. Então, não seriam as fortes tormentas ou a calmaria que teria desviado o comandante de Calicute (Índias) para Porto Seguro (Brasil).

Foto: www.culturabrasil.org

Mapa do Mundo com as linhas divisórias que definiam os
territórios espanhóis e portugueses – a Bula Inter caetera (1493)
e o Tratado de Tordesillas (1494)



Mapa com as rotas dos navegadores da expansão marítima portuguesa

Quem tiver interesse em dar um mergulho no clima do “Achamento do Brasil”, já pode ler a carta do escrivão Pero Vaz de Caminha em português contemporâneo. Desde 1999 está publicada a narrativa que espelha o encontro entre duas civilizações, no litoral da Bahia, entre os dias 22 de abril e 2 de maio de 1500.

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