Sexta, 03 Mai 2024

O personagem do século XIX, Alexander Hartlegen, cientista representado por Guy Pearce no filme “A Máquina do Tempo”, do diretor Simon Wells (o mesmo de “O Príncipe do Egito”), inventa a máquina para voltar ao passado e impedir a morte da noiva Emma. Não conseguindo mudar o destino, viaja para o futuro, em busca de uma resposta, mas se decepciona ao descobrir que em 2030 as viagens no tempo ainda são ficção científica. Um acidente com o invento o leva a 800 anos para o futuro, quando ele encontra uma civilização primitiva (no estilo homem-natural de Rousseau).

 

Um dos aspectos enfocados no filme é a degradação ambiental e a ganância do homem, que além de explorar à exaustão os recursos terrestres, vai para a Lua. Provoca um cataclismo com o satélite se despedaçando e caindo sobre a Terra. A imagem é chocante, mas serve como alerta.

 

Depois de algumas aventuras, o mocinho consegue alterar o curso aparentemente injusto da sociedade daquele mundo. Podemos concluir, como moral da história, que com sabedoria devemos aceitar algumas determinações, mas também precisamos saber lutar pelo que acreditamos e queremos. E é aí que entra a questão da cidade e o cenário futuro.

 

Há apenas dois anos, esta coluna destacava questões históricas da cidade (patrimônios edificados como a Bolsa Oficial de Café, o prédio da Alfândega, a Casa de Frontaria Azulejada) e do porto (a inauguração em 1892 com a chegada do navio Nasmith e o retrato artístico de Benedito Calixto). Hoje lançamos a visão para o futuro.

 

Que alternativas urbanas existem? Cidades globais? Megacidades? Ecovilas? Cidades do conhecimento? Importa observar as tendências do passado, analisar as linguagens subjetivas e o comportamento humano, ampliando a visão do indivíduo para o todo. 

 

Das três etapas, programadas como metodologia de participação da comunidade no planejamento e na construção da cidade de Santos, duas já se realizaram. Os Encontros Temáticos e os Encontros Regionais elencaram dezenas de propostas que serão encaminhadas à terceira e última etapa na escala municipal – a “2ª Conferência da Cidade”, que se realizará nos próximos dias 22 e 23. Ao final da Conferência, serão eleitos os delegados para o evento na escala estadual, com a missão de representar a cidade com as decisões que foram tomadas.

 

O momento presente é de luta e transpiração para ENTENDER (o que é), IMAGINAR (o que poderá ser) e CRIAR (o que deverá ser). A história da humanidade é marcada pela mudança, que pode para os fundamentalistas ser alguma coisa aterrorizante ou para os idealistas, algo mágico como a vida.

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