Sexta, 03 Mai 2024

A Bélgica é um dos países mais industrializados da Europa. O carvão já foi o principal recurso do país, mas suas reservas se esgotaram. A indústria pesada baseia-se na produção de aço, produtos químicos e petróleo. A indústria química ocupa posição de liderança mundial. Destacam-se também as indústrias naval, de construção de equipamentos ferroviários e de lapidação de diamantes.

 

A região de Flandres (área norte da Bélgica), onde estão localizados os portos de Antuérpia, Zeebrugge e Ghent, conta com três aeroportos internacionais e uma extensa malha de transporte fluvial, ferroviário e rodoviário. Só estas características já tornam o complexo portuário belga atrativo ao exportador brasileiro, facilitando a entrada no mercado europeu.

 

Votorantin, Companhia Vale do Rio Doce e Citrosuco estão entre as grandes empresas brasileiras, presentes em Flandres. A Citrovita, empresa do grupo Votorantin, possui dois terminais no porto de Antuérpia. Carlos Henrique Machado, gerente geral de “supply chain” da Citrovita, destacou as vantagens em instalar indústrias e terminais no segundo maior porto da Europa (Antuérpia): “A alfândega local é eficiente e transparente [...] o governo belga realiza constantemente investimentos para a melhora da infra-estrutura portuária, diferente do que acontece aqui no Brasil”.

 

A instituição do governo belga, responsável pela promoção de investimentos estrangeiros em Flandres, é o FFIO – Flanders Foreign Investment Office. Rita Saeys, diretora do FFIO, declarou no seminário “Flandres – sua plataforma de distribuição na Europa” (realizado em 31 de maio, em São Paulo) que a presença de empresas brasileiras em Antuérpia aumentou 20% nos últimos dez anos.

 

Assim como o Brasil, a Bélgica acolhe os estrangeiros como se fossem seus compatriotas. Os dois países têm estreitado suas relações comerciais. Mais do que nunca, vale a pena prestar atenção às palavras acima citadas do gerente da Citrovita.

 

Talvez sejam necessárias reformas administrativas, reengenharia da autoridade portuária e outros acertos para que os olhos do Porto de Santos possam vislumbrar os homens de chapéu-coco, flutuando no ar, do quadro de Magritte (pintor belga surrealista, contemporâneo a Salvador Dalí).
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