Quinta, 28 Março 2024

A temperatura, a intensidade e o brilho dos matizes, pintados sobre nosso espaço, reproduzem um quadro interessante que nos permite fazer um paralelo com a condição feminina no início deste milênio. Hoje a mulher é estudante, eleitora, profissional, companheira, mãe e também dona de casa e cidadã. Na grande maioria das vezes, é tudo isso e ainda pratica esporte (mesmo que seja correr para pegar o ônibus) e ainda freqüenta o salão de beleza para cuidar da sua boa aparência.

 

A cidade também acolhe atividades diversas, cuida de seus filhos e permite o desenvolvimento de fortes companheiros como o porto. Aliás, ela é essencial para o sucesso dele.

 

Por sua singular situação geográfica e pelas condições peculiares e privilegiadas do estuário que o abriga, o Porto de Santos, a partir de sua implantação como porto organizado, há mais de um século, transformou-se num poderoso pólo de atração do intercâmbio marítimo-comercial da América Latina. A área dos negócios do Porto de Santos concentra a maior parte da produção agrícola de exportação e os mais importantes pólos industriais brasileiros.

 

Conforme dados da Autoridade Portuária, em 2004 foram 67,6 milhões de toneladas movimentadas, o porto cresceu 12,5% sobre os resultados, também recordistas, de 2003. Respondeu pela movimentação de 27% da balança comercial e influiu diretamente em 55% do PIB do Brasil, referentes aos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná e aos países do MERCOSUL.

 

A cidade de Santos, apesar de ter caído dois pontos na relação das melhores segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos anos de 1991 e de 2000, mantém a privilegiada 5ª posição entre 5507 municípios brasileiros pesquisados. Em 1991, Santos ocupava a 3ª posição, perdendo apenas para outros dois municípios do Estado de São Paulo – Águas de São Pedro e São Caetano do Sul.

Em 2000, Niterói (RJ) e Florianópolis (SC), além das duas cidades paulistas citadas, figuravam nas primeiras posições, antes de Santos.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) utiliza dados dos censos de 1991 e de 2000 para compor o IDHM, em parceria com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), com a Fundação João Pinheiro e com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Através do indicador, que considera renda, educação e longevidade, pretende-se medir a qualidade de vida. Os números mostram que o IDHM melhorou na maioria das cidades, embora a distribuição de renda tenha piorado em dois terços dos municípios. É o viés sócio-econômico de que falou Zuenir Ventura, partindo nossas cidades.

 

As maiores aglomerações urbanas brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, descem e as com menos de 50 mil habitantes apresentam crescimento significativo. O assessor para Desenvolvimento Humano Sustentável do Pnud, José Carlos Libânio, informa que a qualidade de vida subiu pouco, a renda quase nada e a pobreza cresceu, por exemplo, na cidade de São Paulo.

 

Parece que, assim como a cidade, a mulher também tem limites para suportar um estilo de vida com muitas expectativas e obrigações. Santos não é tão estressada como a amiga São Paulo, mas também precisa avaliar o seu cotidiano. Isso, entretanto, é tema para outro dia.

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